Foto: Roberto Stuckert Filho/PR Estadão Conteúdo - Mensagens obtidas pela Lava Jato no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro mostram que executivos da empresa se referiam ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff como “Luma”. “Vai ser duro!!!!
Haja Luma (Lula + Dilma)”, disse um deles sobre a vantagem de ACM Neto (DEM) sobre Nelson Pellegrino (PT) na campanha à prefeitura de Salvador em 2012.
Com o avanço da campanha de ACM Neto, Pinheiro e o ex-diretor da OAS Manuel Ribeiro Filho discutiram formas de salvar a campanha de Pellegrino. “Dilma/ Lula/Militância ofensiva.
São as únicas formas de vencer”, escreveu Ribeiro Filho.
O apoio da OAS a Pellegrino foi intermediado pelo então governador da Bahia e hoje ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, segundo investigadores. “Só Lula e o Papa.
Ainda bem que cheguei em Roma”, escreve um número que seria ligado a Pinheiro, em outubro de 2012, sobre possível vitória do PT. “Leo: A propaganda (de ACM Neto) está inteligente.
Neto não bate ou bate com elegância”, diz o ex-diretor.
Em 2014, Ribeiro Filho foi nomeado secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, na gestão Wagner.
Em 2014, César Mata Pires, fundador da OAS, diz a Pinheiro que “acabou o tempo de eleger poste” e faz referência à derrota de Pellegrino em 2012. “LP (Léo Pinheiro), Acabou o tempo de eleger poste.
JW (Jaques Wagner) que se cuide… não aprendeu com a vitória do grampinho (ACM Neto).
Temos que pensar nessa hipótese X nossos interesses na Bahia.
Deus nos proteja.
CMP (César Mata Pires).” Wagner já disse estar à disposição para prestar esclarecimentos sobre o caso.
A OAS afirmou que “não tem nada a comentar”.