Após uma série de denúncias feitas contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula pelo ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, a Agência PT alegou, nesta quinta-feira (14), que o delator modificou a versão inicial apresentada à Polícia Federal e voltou atrás sobre uma acusação feita contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Documento obtido pelo jornal “Valor Econômico”, publicado nesta quinta-feira (15), mostra um esboço da delação premiada de Cerveró.

No papel, o ex-diretor da Petrobras dizia que a campanha de Lula à Presidência, em 2006, teria recebido R$ 4 milhões em propina da Odebrecht.

O suposto repasse teria origem da refinaria de Pasadena.

A falsa acusação foi amplamente divulgada pela mídia, em setembro de 2015, e rendeu, inclusive, uma capa da revista “Época”.

No entanto, a informação não consta na delação premiada oficial de Cerveró.

Além disso, Cerveró altera, no depoimento oficial, a empreitera que seria responsável pelos repasses.

Antes, a referência era à Odebrecht e depois, à UTC.

A delação premiada oficial do diretor da Petrobras também não menciona a presidenta Dilma Rousseff.

No esboço, ela havia sido citada três vezes em relação a Pasadena.

O acordo homologado no Supremo Tribunal Federal não faz nenhuma referência à Dilma.

As “anotações” de Cerveró sobre Dilma e Pasadena também foram alardeadas pela imprensa em novembro de 2015.

A manchete “Dilma sabia de tudo” foi publicada por jornais como “O Estado de S.

Paulo” e “Folha de S.

Paulo”, pela revista “Veja” e outros diversos veículos de comunicação, com base no rascunho da deleção do ex-diretor da Petrobras.

De acordo com investigadores que fazem parte da Operação Lava Jato ouvidos pela reportagem, são “normais” as discrepâncias entre as propostas de delações e as delações oficiais.