O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, deu entrada, nesta sexta-feira (8), em requerimento para a convocação do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, do ex-diretor da Funcef, Carlos Augusto Borges, do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e do ex-presidente da Previ, Ricardo Flores, para prestarem informações e esclarecimentos na CPI dos Fundos de Pensão a respeito dos indícios de esquema de corrupção em fundos de pensão, levantados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
As informações sobre o mais novo escãndalo foram publicados em matéria no site da Folha de São Paulo “Janot vê indícios de repasse de propina a PT e PMDB em fundos de pensão”.
As suspeitas têm como base as mensagens existentes no celular apreendido do empreiteiro Leo Pinheiro.
De acordo com o texto da Folha de São Paulo, há indicações de que “o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Neto, cobraram ‘vantagens indevidas’ por operações de capitalização das empresas do grupo OAS.
O foco das suspeitas são emissões de debêntures (títulos de dívida) que tiveram adesão de bancos estatais, fundos de pensão e o FI-FGTS (Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)”. “Precisamos ouvi-los para saber se esse esquema envolvendo o PT e o PMDB realmente ocorreu como suspeita a Procuradoria-Geral da República.
E se ocorreu, temos que investigar como funcionava”, disse Raul Jungmann, membro da CPI dos Fundos de Pensão, criada para investigar a gestão fraudulenta, entre 2003 e 2015, nos fundos de aposentadoria e pensão da Petrobrás, do Banco do Brasil, dos Correios e da Caixa Econômica.