Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores, CUT, disse em São Paulo que a entidade vai fazer uma nova Marcha a Brasília. “Vamos propor uma grande marcha em março.
Temos uma pauta e queremos que ela seja discutida pelo governo, Congresso e sociedade.
Vamos ampliar a articulação, chamando os movimentos sociais.
A soma de forças nos ajudará a inibir ações mais agressivas da direita e de setores golpistas”.
Para o presidente da Central, há três pontos fundamentais. “As ações devem se concentrar na defesa da democracia, na garantia de direitos e na mudança da política econômica, ou seja, contra o ajuste fiscal”, afirma.
Ele considera que a radicalização política pró-impeachment representou um terceiro turno eleitoral. “Os que atuam nesse sentido querem agravar a situação política e piorar a crise econômica”.
O presidente da CUT diz que o empresário não é a favor do golpe, como costuma de referir ao pedido de impeachment apresentado pelo ex-fundador do PT Hélio Bicudo. “O pacto pelo desenvolvimento agregou empresários de peso, preocupados com o Brasil e o crescimento.
A posição golpista de Paulo Skaf não representa o sentimento do setor produtivo”.
Para o presidente da CUT, o governo Dilma não pode abrir mão do apoio dos trabalhadores. “Mas esse apoio só será dado com crescimento econômico, mais crédito, redução da taxa de juros e garantia de direitos”, diz.
Ele destaca a importância da unidade de ação. “O sindicalismo tem pauta e compromissos.
O empenho da CUT será reforçar a unidade para defender conquistas trabalhistas, fazendo frente à ofensiva conservadora contra direitos e a Previdência”, argumenta Vagner.
Para o presidente da CUT, o ano de 2015 foi de empate. “Estávamos em desvantagem, mas ações feitas em dezembro, como o ‘Compromisso pelo Desenvolvimento’ e o ato público contra o impeachment e em defesa da democracia, reequilibraram o jogo.
Em 2016, temos de retomar a ofensiva”, avalia.