Foto: Divulgação Por Mariana Araújo, do Jornal do Commercio O ano de 2016 começará com os mesmos desafios políticos deixados em 2015, avalia o deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE).
A discussão sobre o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) devem dominar, pelo menos, os primeiros meses do ano no cenário político nacional.
Para Tadeu, falta uma liderança nacional, tanto por parte do governo quanto da oposição, para colocar o Brasil em um caminho que leve à saída da crise. “Falta a presidente da República uma liderança que lhe permita conduzir, chamar o País para uma grande consertação, para uma união nacional que foque nos problemas e as soluções que poderiam ser adotadas pelo governo.
E ao mesmo tempo falta também às oposições a compreensão de que precisamos olhar menos para o interesse dos partidos e para o interesses pessoais, de quem quer que seja, de grupos, para olhar para os interesses de um País que é a 9ª economia do mundo”, disse o parlamentar, em visita ao Jornal do Commercio, nessa quarta-feira (30).
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Importa de maneira que não à altura do desafio de quem pretende um dia voltar a governar o Brasil.
As oposições precisam compreender que, para além dos compromissos partidários, nós devemos colocar os interesses do País”, acrescentou.
O PSB ainda não definiu qual posição tomará sobre o impeachment.
Segundo Tadeu, a decisão precisa ser discutida, já que há uma divisão no partido.
A maioria dos deputados e senadores na bancada são favoráveis ao afastamento da presidente, mas os três governadores da legenda se mostraram contrários. “De fato há uma inclinação da bancada entendendo que há já elementos para o impeachment.
Mas o que nós combinamos, fizemos uma pactuação na bancada, é que faremos uma discussão com os governadores, com as bancadas na Câmara e no Senado, com a Executiva nacional do partido, e examinar do ponto de vista político e jurídico se há esses elementos. É uma questão de muita responsabilidade que nós não devemos fazer esse debate apenas influenciado apenas pelo desejo de mudança do governo”, argumentou.
No entanto, segundo o deputado, a decisão sobre o afastamento de Eduardo Cinha já está definida. “Quanto a Eduardo Cunha, não há dúvida.
Tem uma posição uníssona no partido e na bancada, da necessidade do seu afastamento”, explicou Tadeu.