O Conselho Regional de Economia – 3ª Região – Corecon-PE contesta informações do post “Contra Novo Recife com Geraldo Júlio, CUT e Corecon aprovaram projeto de João da Costa, com prédios mais altos e metade das contrapartidas”, escrito no último dia 23, depois da aprovação quase unânime no Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU).

A nota é assinada por Ana Cláudia Arruda - presidente do CORECON-PE, que não ocupava o cargo em 2012, quando o projeto foi aprovado no apagar das luzes da gestão João da Costa. “Não procede a afirmação constante desse Blog de que este CORECON votou a favor do projeto na reunião do CDU de 28/12/2012, pois este Conselho não esteve presente àquela reunião (favor conferir anexada no seu blog na ata, a ausência do representante do CORECON-PE )”.

Também estava na sua presidência naquele época, outro colega que não eu”, escreve a presidente.

O blog não escreveu que esta senhora estava na presidência na época.

Na página 5 da referida ata do CDU o texto fala: “O parecer foi aprovado por 18 (dezoito) votos a favor, nenhum voto contra, e 01 (uma) abstenção.” Na página 1 o Corecon é citado, provando que estava na sala.

Na página 3, está registrado que o IAB saiu da sala.

Na página 5, a CUT é citada, provando que estava na sala.

Seguimos com a versão do Corecon, em nome da democracia. “O CORECON-PE busca representar o pensamento e interesses do esclarecido conjunto de economistas deste Estado, o que procura fazer com autenticidade, independência e respeito a todos e à sua diversidade político-ideológica.

Não assumiria jamais posicionamento irrefletido e politico-partidário.

Por oportuno, aliás, registro que, até agora, não votamos ainda em favor de nenhum dos projetos apresentados para o caso do Cais Estelita”. “Nossa avaliação econômica das diversas versões apresentadas ainda não nos levou a apoiá-las.

Tecnicamente, nossas análises de bem-estar como de fatores especiais relativos aos aspectos paisagísticos, unidade arquitetônica urbana e valorização do patrimônio histórico, como sobretudo, ou seja a avaliação do seu custo social, em termos de desvalorização do capital cultural e histórico da cidade, considerado superior ao benefício tanto público quanto privado que se procura realçar”. “Estando o Recife entre as mais importantes cidades do país, sobretudo em termos culturais e históricos, as perdas de se ocupar aquela área do Bairro de São José com um projeto vertical e moderno, descaracterizando completamente um bairro cuja ocupação remonta o Brasil Holandês, serão imensas.

Trata-se de destruir um recurso fixo, não reproduzível, de alto valor histórico e cultural agregado.

Somos plenamente favoráveis à ocupação da área, mas sem descaracterizar o bairro, destruindo recurso valioso de modo irrecuperável.

Por fim, realçamos que sempre temos apoiado o grande projeto do Novo Recife, que consideramos de grande importância econômica e social para nossa cidade, mas,em áreas e em características e dimensões que que não tragam mais agressões à preciosa beleza histórica e cultural de nossa Recife”.

Em um parte infeliz e intolerável da nota, o Corecon tenta acusar o blog de insinuações. “Repudiar a infeliz e intolerável insinuação de posicionamento sobre a questão em função das pessoas, grupos ou partidos que estejam governando a cidade, totalmente incompatível com a gravidade e sentido de responsabilidade social e técnica que tem pautado sempre a atuação deste Órgão”, escreve a presidente do Corecon.

O Blog de Jamildo repudia peremptoriamente tais declarações.

Aqui se publicam fatos, goste a presidente do Corecon ou não.

Minha opinião sobre diversos assuntos é conhecida por todos e não preciso pedir autorização a esta senhora para criticar o Corecon ou qualquer outro órgão.

Não foi nem este o caso, uma vez que frisei aqui no primeiro post. “Nada contra o posicionamento das duas entidades, uma vez que os órgãos que foram o conselho são livres para opinar de forma independente”.

A ata da votação do projeto sob o governo João da Costa está disponível abaixo: Ata203281212 O redesenho do projeto O projeto foi aprovado quase que por unanimidade, na manhã da quarta 22, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU).

Foram 21 votos a favor, dois contra e duas abstenções.

Dos 30 representantes do conselho, cinco faltaram ao encontro.

A votação foi a seguinte: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Conselho Regional de Economia (Corecon) foram os únicos que votaram contra o Novo Recife.

O Iphan e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) se abstiveram de votar.

Se posicionaram a favor do projeto as Secretarias Municipais de Mobilidade, Finanças, Infraestrutura e Serviços Urbanos, Assuntos Jurídicos, Meio Ambiente, Saneamento e Planejamento Urbano; Empresa de Urbanização do Recife (URB), Câmara Municipal de Vereadores, Caixa Econômica Federal, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), OAB, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial de Pernambuco, Movimento Social de Luta pela Moradia (MSLM), Federação de Moradores do Ibura/Jordão e Fórum do Prezeis.

A proposta aprovada prevê a construção de 13 prédios, que variam de 12 a 38 andares.

Dez serão edifícios residenciais, um hotel, um empresarial e um misto – flat e empresarial. » Consórcio Novo Recife também solicitou adiamento da reunião do CDU ao secretário de Mobilidade, João Braga Dos 101,7 mil metros quadrados do terreno, 60 mil metros quadrados serão de uso público, destinados à construção de parque, praças, vias, ciclovias, calçadas e equipamentos urbanos.

O restante do espaço terá 35% de ocupação privada.