O redesenho do projeto O projeto imobiliário e urbanístico Novo Recife, aprovado na semana passada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), na Prefeitura da Cidade do Recife, tem um cronograma já encaminhado, assim que o consórcio apresentar o pedido de licença de construção, junto aos órgãos públicos.
De acordo com informações de bastidores, a ideia inicial era começar as obras pela parte pública, de modo a tentar enterrar, em definitivo, a campanha que é feita contra o empreendimento.
A maior parte da área, 65%, apesar de privada, terá uso público.
Os prédios e equipamentos privados serão construídos em 35% da área total.
Ocorre que a primeira providência será a construção do novo sistema viário, a ser construído integralmente dentro da área privada, com mais de nove ruas a serem abertas e integradas, com ida e volta.
Para que não haja um nó durante a fase de obras e por uma questão de racionalidade, somente após esta fase é que as vias atuais poderão dar lugar ao parque público.
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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Conselho Regional de Economia (Corecon) foram os únicos que votaram contra o Novo Recife.
Na gestão de João da Costa (PT) haviam votado a favor.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Conselho de Arquitetura Urbanismo de Pernambuco se abstiveram de votar.
Após a aprovação do projeto no CDU, o Consórcio Novo Recife tem aproximadamente um ano para dar entrada nos trâmites burocráticos para dar início à construção do empreendimento no Cais José Estelita.
Ainda é preciso aprovação de projetos complementares em órgãos como o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e o Corpo de Bombeiros.
O projeto imobiliário Novo Recife prevê a construção de 12 prédios, residenciais e empresariais, na área do Cais José Estelita, entre o Centro e a Zona Sul do Recife.
Desde segunda-feira (21), integrantes do Movimento Ocupe Estelita, contrários a construção, acampam na sede da Prefeitura.
A reunião acontece dias depois que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5ª) suspendeu a sentença que anulava o leilão do terreno por fraude e proibia a análise do projeto do Novo Recife pelo conselho.
O Ocupe Estelita considerou a votação “irresponsável ética e politicamente”.
A prefeitura alegou, no entanto, que caso o conselho aprove o projeto, não significa que terá autorização imediata para construí-lo, uma vez que a licença para a construção só é concedida diante de alguns fatores, incluindo documentação que ateste a regularidade do terreno.
Neste caso, ainda com o projeto aprovado, o consórcio não conseguiria construir os prédios imediatamente.
Aprovado pela PCR em dezembro de 2013, o empreendimento imobiliário prevê a construção de 12 torres, residenciais e comerciais, na área do Cais José Estelita.
Desde então, após discussões entre o poder público e a sociedade civil, o projeto inicial passou por diversas mudanças.