O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), defendeu o lançamento de uma candidatura suprapartidária à presidência da Câmara dos Deputados, sugerindo o nome do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB). “É preciso discutir, já, uma alternativa para o Pós-Cunha.

A Presidência da Câmara terá um papel muito importante no processo de transição desta crise política que atinge o País. É preciso um nome íntegro, com envergadura e que possa conduzir este processo com responsabilidade, equilíbrio e, sobretudo, com o respeito da Nação brasileira”, afirmou Elias Gomes. “Faço um apelo para que, sem perda de tempo, o PSDB, o PSB e setores do PDT e do PMDB lancem o nome do deputado federal pernambucano Jarbas Vasconcelos”, completou.

O prefeito revelou já ter conversado sobre esta proposta com o governador Paulo Câmara e o senador Fernando Bezerra Coelho, além do deputado federal Tadeu Alencar – os três do PSB pernambucano – e também com o deputado federal Betinho Gomes (PSDB), seu filho, que iniciou conversas a respeito com parlamentares tucanos em Brasília. “Jarbas é um politico experiente, sério, e deve ter seu nome lançado candidato suprapartidário sem nenhuma preocupação com o número de votos que possa ter hoje, mas com uma bandeira: a da moralização do Congresso, a de fazer o Congresso assumir um novo papel, de responsabilidade política para saída desta crise”, diz.

Elias Gomes diz que Jarbas, tendo seu nome concretizado, irá impor a credibilidade necessária à Câmara para a necessária construção de uma saída política para a crise que se arrasta no Brasil. “Nesta situação, é preciso um nome acima de qualquer suspeita.

Jarbas, sendo eleito como candidato suprapartidário, conduzirá o processo nas regras do jogo estabelecidas, seja com um processo de impeachment, seja com um entendimento nacional ou com qualquer outra solução que venha ser discutida”, disse.

Em 20 de dezembro de 2014, Elias Gomes conversou com o então líder do PT no Senado, Humberto Costa, sugerindo que as forças governistas construíssem um entendimento nacional (pacto), que incluiria um governo de união nacional, com um plano econômico factível e mais investimentos na Educação, e a antecipação das eleições presidenciais para 2016.

A proposta também foi levada a líderes tucanos nacionais, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, mas terminou não avançando. “Todos sairiam ganhando: a população, principalmente as que mais sofrem com a crise, as oposições e a própria presidente, que ficaria na história como uma estadista”, analisa Elias, que, mais recentemente, com o agravamento das dificuldades, propôs que a presidente Dilma buscasse uma nova saída negociada com a oposição: a mudança do sistema de governo para o parlamentarismo, a partir de 2016.