Foto: JC Imagem Os dados do Produto Interno Bruto – PIB dos municípios pernambucanos, considerando o novo ano de referência 2010, mostram que a Região Metropolitana do Recife – RMR aumentou sua participação no PIB de Pernambuco em 2013, representando 63,8% contra 63,2% em 2012.

Todavia, nem todos os municípios da RMR apresentaram crescimento, a capital Recife diminuiu sua contribuição no PIB estadual de 33,19%, em 2012, para 33,00%, em 2013, comportamento explicado pelos investimentos aportados em outros municípios vizinhos, sobretudo em SUAPE e na Mata Norte.

São Lourenço da Mata, também apresentou perda de participação (finalização das obras da Arena Pernambuco) enquanto os demais cresceram em participação.

Com relação ao ranking dos 10 maiores PIB não houve alterações e continuaram sendo os mesmos de 2012.

Ressalta-se o ganho de posição de Glória de Goitá que era o 77º no PIB de PE e passou para 54º em 2013(24 posições).

Esse desempenho deveu-se a construção de novas unidades fabris no município e o inicio de operação de uma planta, num município que era essencialmente agrícola.

Gráfico 1: 10 maiores no Produto Interno Bruto dos Municípios de Pernambuco 2012-2013 (bilhões) Fonte: Sistema de Contas Regionais e Municipais- Agência CONDEPE/FIDEM e IBGE A pesquisa constata, também, a manutenção no nível de concentração econômica.

Os dez maiores municípios em termos do PIB municipal responderam por 68,50% do PIB estadual em 2012 e por 69,05% em 2013.

Não houve mudanças entre os dez primeiros colocados no ranking (Recife, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Petrolina, Olinda, Paulista, Vitória de Santo Antão e Igarassu).

Já na série 2010 para 2013, Olinda cai duas posições, enquanto Caruaru e Petrolina sobem uma cada um.

A capital Recife, mesmo mantendo-se como o principal centro econômico do Estado, desde 2010 (nova referência) vem perdendo peso na economia estadual.

Alguns municípios com importantes parques industriais já consolidados como Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, vêm apresentando uma dinâmica superior à capital.

Já outros, como Goiana, Igarassu e Itapissuma começam a mostrar desempenho bastante favorável com a nova política de direcionamento de investimentos para a Mata Norte do Estado.

Comparando-se os 185 munícipios pernambucanos entre os anos de 2012 e 2013, cinco merecem destaques pelos maiores ganhos de participação no PIB Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes – ganho de 0,32 ponto percentual (de 8,17% para 8,49%), influenciado pelos novos investimentos nas áreas de logística e fabril, que impactam também nos impostos.

Cabo de Santo Agostinho – ganho de 0,29 ponto percentual (de 4,94% para 5,23%), impulsionado por SUAPE (novas unidades) e obras de infraestrutura.

Itapissuma – ganho de 0,26 ponto percentual (de 0,54% para 0,80%), com novas unidades industriais e construção de outras.

Goiana – ganho de 0,16 ponto percentual (de 0,94% para 1,10%), recebendo investimentos vultosos, além do incremento da sua agropecuária (coco).

Igarassu – ganho de 0,12 ponto percentual (de 1,24% para 1,36%), com o aumento na produção dos seus principais produtos na indústria de transformação.

O ranking do PIB per capita mostra avanço de municípios com crescimento do setor industrial, sobretudo na transformação, como Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, influenciados por SUAPE, e Jaboatão dos Guararapes, Itapissuma, Goiana, Camutanga, Vitória de Santo Antão e Igarassu, onde todos possuem um setor industrial forte ou em expansão.

Somente no Recife e em Fernando de Noronha o setor terciário tem papel fundamental na formação dos seus PIB per capita.

Acrescenta-se a esta análise, que grande parte dos 10 maiores PIB per capita de Pernambuco em 2013, possuem população residente pequena com relação ao tamanho da geração de suas riquezas.

No cenário nacional, Recife permaneceu como sendo a 15ª maior economia do país em 2013, representando 0,87% do PIB do Brasil, enquanto o segundo mais bem colocado município pernambucano foi Jaboatão dos Guararapes na 64º com 0,22% do PIB do Brasil.

Outros destaques no cenário nacional foram: na agropecuária Petrolina (17º) e São Bento do Una (60º), na indústria Recife (16º) e Ipojuca (76º), nos serviços Recife (11º) e Jaboatão (57º) e no PIB per capita com Ipojuca (47º) e Itapissuma (256º).

Na série 2010 para 2013, o município pernambucano que mais subiu posições foi Glória de Goitá, que era o 2.202 º, em 2010, passando para o 1.666º em 2013.

Ressalta-se que, se comparando com 2012, Glória de Goitá, também foi a que mais subiu (em 2012 era 2.136 º).

Já o que ganhou mais participação de 2010 para 2013 foi Jaboatão dos Guararapes, representava 0,20% do Brasil em 2010, alcançando 0,22% do PIB do país em 2013.

Esse município também foi o que mais ganhou peso na economia nacional confrontando os dados de 2012 com o de 2013.

Destaca-se ainda, que a Região Metropolitana do Recife – RMR foi a 8ª maior do país em 2013, representando 1,89% do PIB do Brasil.

Com relação à Região Nordeste, as melhores posições são: Recife (3ª) e Jaboatão dos Guararapes (11º).

Em 2013, a capital representou 6,43% do PIB da região, maior do que o montante do Estado da Paraíba (6,41%).

Os grandes destaques por setor foram: na agropecuária Petrolina (4º) e São Bento do Una (10º), na indústria Recife (2º) e Ipojuca (7º) e nos serviços Recife (3º) e Jaboatão (10º).

No PIB per capita Ipojuca (3º) e Itapissuma (13º) foram os dois municípios melhores posicionados.

A RMR foi a maior da Região, com 12,41% do PIB do Nordeste, em 2013, se fosse uma Unidade da Federação seria a 4ª maior da região, somente atrás da Bahia, Pernambuco e Ceará.

NOTA O cálculo do PIB dos municípios pernambucanos está inserido em projeto de âmbito nacional que abrange todos os municípios brasileiros.

A metodologia utilizada foi desenvolvida conjuntamente pelo IBGE e órgãos estaduais de estatística, consiste no rateio, entre os municípios, do valor adicionado das principais atividades econômicas contidas no PIB do Estado (inclusive impostos), por meio de indicadores pertinentes a cada uma delas.

Ressalta-se que Nos últimos anos o PIB de Municípios do Brasil passou por uma fase de adaptação para novo ano de referência, que antes era 2002, e atualmente 2010.

Assim como no Sistema de Contas Nacionais e Regionais, os novos dados de 2010 a 2013 apresentam diferenças com relação aos já divulgados 1999-2012, sobretudo nem relação aos aspectos metodológicos e à utilização de variáveis de rateio.