Um dia após o prefeito Geraldo Julio (PSB) defender a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em entrevista a Rádio Jornal, o líder do PT na Câmara, Osmar Ricardo, afirmou que o prefeito está alinhado a direita. “A direita que tenta golpear a presidente”.
Segundo o parlamentar, o comandante do executivo municipal não teria aprendido a lição do ex-governador Eduardo Campos. “Ele não aprendeu com Eduardo Campos.
Eduardo Campos não iria defender o impeachment de Dilma”.
No entendimento do líder petista, o chefe do executivo municipal está fugindo das origens partidárias ao celebrar alianças “com forças antagônicas a partidos de esquerda”. “A aliança dele agora é com a direita.
Não tem centro-esquerda.
Ele está perdendo as origens históricas do partido que Eduardo Campos lutou”.
Na última eleição presidencial, Geraldo Julio trabalhou, no Estado, pela eleição do senador mineiro e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. “Na capital pernambucana, apesar do posicionamento do prefeito em favor do impeachment, o governador Paulo Câmara (PSB) defendeu a manutenção da presidente no cargo.
Esse posicionamento foi motivo de parabenização da nossa parte”, afirmou o líder do PT na Câmara do Recife”.
Osmar Ricardo informou, nesta sexta-feira, 18, que acionará a gestão socialista junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a aprovação do projeto de lei do executivo 49/2015, que trata de concessão de crédito para melhorias aos moradores dos habitacionais.
O projeto foi aprovado em segunda votação na última quinta-feira, 10, em sessão extraordinária.
O texto, uma das 20 matérias que chegaram em caráter de urgência, concederá R$ 5 mil a cada família que atenda os critérios da PCR para a realização de reparos nas estruturas. “Fala-se em crise atualmente e a Casa recebe um projeto de lei que envolve custo.
Isso é motivo de preocupação”, afirmou.
Osmar Ricardo diz que há um caráter eleitoreiro na iniciativa e afirma que a matéria não tem relatório de impacto financeiro, como disse o tucano André Regis. “Falta planilha de custo.
Ele faz essa ação quando o déficit de moradia chega a 80%”, reclama.