Foto: Nelson Jr./ SCO/ STF Estadão Conteúdo - A definição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre eventual afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo só será feita a partir de fevereiro, quando a Corte voltar do recesso.

A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira, 17, pela assessoria de comunicação do Tribunal.

O caso precisa ser analisado pelo relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki.

LEIA MAIS: » Janot pede ao STF afastamento de Eduardo Cunha do mandato Cabe a ele decidir se julga sozinho a questão ou se a leva ao plenário.

A perspectiva na Corte e também na Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, é que Zavascki divida com os demais ministros a decisão sobre Cunha.

O pedido da PGR de afastamento do peemedebista da cadeira de deputado federal e, por consequência, da Presidência da Câmara, tem 183 páginas.

De acordo com a assessoria do Tribunal, o pedido “é alentado e foi feito em um momento em que não há tempo hábil para análise ainda neste semestre”. » Sessão do julgamento do rito do impeachment pelo STF continuará nesta quinta O Supremo tem sua última sessão marcada para amanhã, 18.

A partir da semana que vem, a Corte entra em recesso e só retoma os trabalhos em 1º de fevereiro.

Antes de levar o caso ao plenário, o relator precisa analisar os indícios apontados pela PGR para afastar Cunha do cargo e elaborar um relatório com indicação de voto. » Câmara defende no STF rito adotado por Eduardo Cunha para o impeachment Na peça protocolada no final da tarde de ontem no STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lista ao menos 11 atos do peemedebista que mostram tentativas de obstar as investigações ou usar do cargo em benefício próprio - seja para tirar proveito financeiro, seja para ameaçar e pressionar inimigos.