Foto: José Cruz / Agência Brasil Agência O Globo O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), destituído da liderança do partido na semana passada, protocolou na manhã desta quinta-feira uma lista com 36 assinaturas para reassumir o posto de líder.

PMDB proíbe filiações automáticas e dificulta volta de Picciani à liderança O voto do deputado Pedro Paulo, exonerado da prefeitura do Rio para reassumir a cadeira de deputado federal, foi o “fiel da balança”, disseram peemedebistas aliados de Picciani.

O deputado Lúcio Vieira Lima, um dos articuladores da destituição de Picciani, criticou o movimento. “É uma liderança artificial, porque precisou trazer gente de fora para conseguir voltar ao cargo.

Mas, com o recesso, o papel do líder agora vai ser nenhum”, disse.

Leia mais: » Ala pró-impeachment do PMDB tira Picciani da liderança e emplaca deputado mineiro Para o deputado Carlos Marun, é um movimento legítimo de Picciani, mas o parlamentar considerou “estranha” a mudança de votos de alguns correligionários. “É um direito dele ter feito esses esforços que fez, quem deve explicações é quem mudou de opinião.

Entendo essa mudança de opinião em tempo tão rápido como no mínimo estranha”, criticou o peemedebista. » Picciani reage à carta de Temer: ‘ele não quer o fortalecimento da bancada’ Ontem, a executiva nacional do PMDB aprovou resolução proibindo filiações automáticas de políticos com mandato.

A decisão, na prática, impede o ingresso ao partido de deputados federais que desejavam se transferir para ajudar na recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança da bancada. » Picciani diz que PMDB estava mais uma vez presente na sessão para votar A presidente Dilma Rousseff estava atuando intensamente no troca-troca partidário.

Picciani é da ala governista do PMDB.

A medida foi duramente criticada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que viu digitais do vice-presidente Michel Temer na crise interna do partido.