Por Michel Zaidan, em artigo enviado ao Blog Os telejornais noticiaram, em cadeia nacional, uma nova fase da Operação-Lava-a-jato.
Nela, foram emitidos - com a autorização da Justiça federal - 50 mandatos de busca e apreensão de documentos e aparelhos - que possam conter provas contra os investigados por essa mega-operação da Polícia Federal.
Coube ao nosso estado, 4 mandatos de busca e apreensão.
No noticiário, não se menciona os nomes que foram objeto da investigação policial.
Adivinhem quem são? - Como os jornalões impressos de Pernambuco não vão falar a respeito, adiantamos aqui que foi o alvo da investigação: o empresário ALDO GUEDES, seu estabelecimento comercial (na Avenida Imbiribeira) e sua fazenda (Boa Esperança), no brejo pernambucano.
Quem é o senhor Aldo Guedes e qual a sua ligação com a citada operação da Justiça Federal? - Nada mais, nada menos do que sócio do ex-governador do PSB e neto de Miguel Arraes, Eduardo Henrique de Acioly Campos.
Ex-presidente da empresa estatal Copergás e dono do jatinho-fantasma que explodiu no ar, vitimando o ex-governador e outras pessoas. É possível que a imprensa comprada e vendida (a sabe-se lá, que interesses) não diga uma só palavra sobre isso, para não atrapalhar os planos eleitorais, políticos do partido familiar do ex-governador de Pernambuco. É possível.
Afinal, um dos jornalões impressos já foi comprado por testas-de-ferro do PSB, a mandado de um conhecido empresário de Petróleo e Gás, do nosso estado.
Os outros, por conveniência e leniência, poderão seguir o mesmo caminho, preservando - mais uma vez - as figuras “impolutas” da política pernambucana.
Mas o fato é que a oligarquia de nosso estado não pode escapar das responsabilidades criminais e civis das atividades ligadas à refinaria Abreu e Lima, sobretudo sua participação no propinoduto da Petrobrás e a irrigação não do sertão de Pernambuco, mas das contas das campanhas eleitorais em nosso estado.
E isso deve ser apenas a ponta do Iceberg.
Pernambuco tornou-se, ultimamente, o palco - não das lutas irredentoras do nativismo, a independência ou a república - mas de escândalos atrás de escândalos: o da venda dos imóveis do cais José Estelita, a construção Arena Pernambuco, o polo de Hemobrás, a refinaria Abreu e Lima, a transposição do Rio São Francisco e vai por aí…
Em algum momento, os agentes públicos-privados envolvidos (e beneficiados) com esses mega-escândalos terão que prestar declarações à sociedade e à Justiça, sobre a sua participação nessas atividades criminosas.
Nada deve desviar o foco da sociedade em relação à essas responsabilidades penais.
Até porque vários estão aí, vivos e bolindo, querendo disputar cargos e mandatos.
Não podem e nem devem ficar impunes.
Têm de ser investigados, denunciados, processados e punidos exemplarmente, na forma da lei.
Pernambuco não está fora das garras da Justiça e seus representantes devem muitas explicações ao povo, aos contribuintes e aos eleitores.