A Polícia Federal, deflagrou, nesta terça-feira (15), a Operação Catilinárias que tem como objetivo o cumprimento mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Um dos mandados está sendo realizado na residência oficial da presidência da Câmara, atualmente ocupada pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB).
A ação também é feita nas casas dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).
Em Pernambuco, no escritório do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).
LEIA MAIS: » PF cumpre mandados contra Fernando Bezerra Coelho » PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa de Eduardo Cunha “Catilinárias” são uma série de quatro discursos que Cícero, o cônsul romano Marco Túlio Cícero, proferiu em 63 a.C. no Senado romano.
Os textos de Cícero referem-se a Lúcio Catilina, que teria comandado uma revolução para dissolver o Senado e tomar o poder em Roma.
Uma das frases mais conhecidas do discurso é a seguinte: “Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?”.
Segundo registros históricos, na noite de 6 para 7 de novembro de 63 a.C., Catilina reuniu dirigentes da conspiração para tomarem as últimas decisões antes de uma nova tentativa de golpe em Roma.
Ao saber disso, Cícero teria decidido convocar o Senado.
Na reunião, o cônsul teria ficado indignado com a presença de Catilina e acusou-o através do primeiro da série de discursos, que veio a ser conhecida como “Catilinárias”.
A fala de Cícero teria convencido o Senado de uma possível conspiração de Catilina.
Em dezembro, após o quarto discurso de Cícero e já condenado à morte, Catilina recusou-se a entregar-se.
Em janeiro de 62 a.C., Catilina foi morto em um campo de batalha.
Leia um trecho do primeiro discurso das “Catilinárias”: “Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura?
A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio?
Nem a guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não sentes que os teus planos estão à vista de todos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?”