Análise da ceplan em dezembro de 2015 A XX Análise Ceplan conclui que apesar dos indicadores macroeconômicos comprovarem a retração no nível da atividade econômica em 2015, em 2016 a inflação tende a cair, puxando os juros para baixo.
O país pode não voltar a crescer, mas o PIB deverá cair menos.
Para os empresários, a expectativa, a curto prazo, é negativa.
Os níveis de confiança medidos pela Fundação Getúlio Vargas e a Confederação Nacional da Indústria, revelam que eles esperam tempo fechado, especialmente no comércio e na indústria.
Para alterar o quadro, as esperanças são de mudanças na política, com a restauração da credibilidade da Presidência.
Isso irá contribuir para a recuperação dos bons fundamentos macroeconômicos do país, especialmente para um ajuste fiscal realista capaz de gerar poupança (resultados primários positivos) destinada a pagar os juros da divida pública e estabilizar a relação Dívida/PIB.
A queda nos juros e a retomada de investimentos em Parcerias Público Privadas (PPPs) aliadas às reformas fiscal, trabalhista, previdenciária e tributária também estão entre as prioridades apontadas pelos agentes econômicos.
O desemprego também cresceu em Pernambuco.
O fim de grandes obras no Complexo Industrial e Portuário de Suape, como a refinaria Abreu e Lima, derrubou o emprego na construção civil, justificando o resultado pernambucano que apresentou uma variação negativa de 30% no saldo de empregos acumulado até outubro.
No terceiro trimestre do ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior, a taxa de desocupação foi de 11,2% no Estado, superando a do Brasil, de 8,9% e a do Nordeste, de 10,8%.
Em outubro passado, na comparação com outubro de 2014, o estoque de emprego ficou negativo em praticamente todos os Estados do Nordeste, com exceção de Alagoas que teve um aumento de 1,0% e do Piauí, de 0,4%.
No Maranhão, a situação ficou estável mas Pernambuco teve queda de -3,7%, voltando a apresentar um resultado negativo maior do que o do Nordeste (-1,3%) e o do Brasil (-2,3%). “O Nordeste responde por 21,3% da queima (saldo negativo acumulado) de postos de trabalho no país e, Pernambuco, sozinho, participa com 9%.
No total da região, o Estado contribui com 40,7%”, analisa Jorge Jatobá.
Pernambuco, Estado que vinha, há alguns anos, crescendo acima da média nacional, perdeu menos que o Brasil.
No primeiro semestre de 2015, em comparação com o primeiro semestre de 2014, o PIB a preços de mercado caiu -2,1% no país e -1,1% em Pernambuco.
Na Indústria, a queda nacional foi de -4,1% e a pernambucana de -2,9%.
No setor Agropecuário, enquanto o Brasil cresceu 3%, o Estado registrou 7,6% de aumento.
No contexto regional, as economias pernambucana e cearense foram mais afetadas do que a da Bahia.
No segundo trimestre deste ano, em relação ao segundo trimestre de 2014, Pernambuco teve redução de -3,5% no seu PIB, o Ceará de -5,3% e a Bahia, de -1,9%.
Na produção da indústria, o impacto foi menor para Pernambuco (-3,4%) do que para o Ceará (-9,4%) e a Bahia (-6,4%).
No Brasil, a retração da indústria chegou a -7,8% e a do Nordeste a -4,5%.
A repercussão da crise econômica no comércio foi ainda mais significativa.
Pernambuco, Estado com forte tradição no varejo, sofreu uma queda de -8,4% no acumulado de janeiro a setembro de 2015 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
No mesmo comparativo, a queda no varejo ampliado brasileiro foi de -7,4%.
Entre os Estados nordestinos, o menor índice foi o do Rio Grande do Norte (-3,6%) e o maior, o da Paraíba (-12,9%).