Priscila Krause (DEM) chamou estorno dos empenhos de “burla” ao orçamento do Estado e votou contra aprovação das contas de 2013.

Foto: Divulgação Por Paulo Veras, do Jornal do Commercio Após um debate de quase uma hora, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta terça-feira (15) as contas da gestão do ex-governador Eduardo Campos em 2013.

Na reta final daquele ano, o Governo de Pernambuco estornou 678 empenhos já tidos como liquidados, o que resultou em uma redução de R$ 395,2 milhões nos restos a pagar do Estado, evitando que o Executivo desobedecesse a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) às vésperas do ano eleitoral.

As contas do ex-governador foram aprovadas no Legislativo sem qualquer ressalva com o voto de 34 deputados estaduais, contra um voto pela desaprovação da deputada Priscila Krause (DEM), e a abstenção do deputado Edilson Silva (PSOL).

No sistema fiscal estadual, os estornos foram feitos por um usuário não identificado.

Na época, o secretário da Fazenda era o hoje governador Paulo Câmara (PSB).

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Priscila Krause, tratou o caso como uma “burla” nas contas estaduais e o compararou às “pedaladas fiscais” da presidente Dilma Rousseff (PT), que servem de justificativa para o pedido de impeachment protocolado no Congresso Nacional.

Os líderes do governo, Waldemar Borges (PSB), e da oposição, Silvio Costa Filho (PTB), porém, defenderam a aprovação das contas, lembrando que a análise técnica do TCE não havia encontrado elementos para pedir a reprovação.

Waldemar afirmou que o mecanismo foi feito para que o Estado não incorresse na LRF e que os serviços foram pagos no ano seguinte.

Já o petebista afirmou que não deseja fazer uma oposição irresponsável e pregou que o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, seja ouvido pelos parlamentares no próximo ano, após o recesso parlamentar.