“Documento viola Estatuto do Magistério Público do Estado.” Foto: Jarbas Araújo A deputada Teresa Leitão (PT) criticou, na Reunião Plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta segunda (14), o edital para seleção de 3 mil professores para a rede pública estadual de ensino, publicado no Diário Oficial do Estado no último sábado (12).

Para ela, o certame descumpre o Estatuto do Magistério Público de Pernambuco, pois o número de vagas proposto seria insuficiente diante dos 17.853 postos ocupados por contratos temporários.

Baseando-se em dados apresentados pelo secretário estadual de Educação, Frederico Amancio, em audiência pública realizada no dia 19 de agosto na Alepe, a deputada ressaltou que nunca houve tantos temporários lecionando na rede pública.

Segundo a petista, mesmo após o concurso, será mantido um déficit de mais de 14 mil servidores efetivos.

LEIA TAMBÉM: > Alepe aprova Plano de Cargos e Carreiras para militares > Após denúncia na Alepe, Governo do Estado libera R$ 750 mil para programa do leite > Acordo na Alepe garante R$ 30 milhões para a saúde Teresa destacou que, ao permitir o ingresso de professores de Matemática, Química e Física com bacharelado em outras áreas, como Engenharia, a portaria descumpre a Lei 11.329/1996, cuja redação dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público.

Pela norma, para o exercício do cargo, é exigida licenciatura plena, compatível com a disciplina a ser ministrada.

Teresa ressaltou, também, que na contratação de 342 professores para a Educação Especial, o edital não cumpre outra exigência prevista na legislação, a de cursos específicos em nível de especialização – lato sensu – com carga horária mínima de 360 horas/aula. “É um total desrespeito à lei.

Fala-se em curso de complementação pedagógica de três anos, sem dizer como será feito.

A portaria aparentemente merece nosso aplauso, mas desvaloriza o professor.

Lamento e espero que o Estado possa corrigir os deslizes”, pontuou.