Reprodução: UOL Da Agência O Globo A Odebrecht informou, em nota, que Marcelo Odebrecht decidiu formalizar seu afastamento da Presidência da Odebrecht S.A., bem como do cargo de presidente dos Conselhos de Administração da Braskem, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Odebrecht Ambiental.
Odebrecht, que está preso há quase seis meses, desde o último dia 19 de junho, vai, segundo a nota, se dedicar “integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde”. “A Odebrecht acredita que a injusta e desnecessária prisão preventiva de Marcelo será revogada, o que possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde.
A Odebrecht confia que ao final dos processos judiciais em curso, a inocência de Marcelo Odebrecht será formalmente reconhecida”, afirma a nota, divulgada no final da noite de quinta-feira.
O Conselho de Administração da Odebrecht S.A. formalizou a nomeação de Newton de Souza, que segue como Diretor-Presidente da Odebrecht S.A. e Presidente dos Conselhos de Administração das empresas mencionadas.
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Executivos da Odebrecht não conseguem trancar processo por corrupção ativa Atualmente, Marcelo Odebrecht está detido no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O local abriga presos que têm curso superior, policiais acusados de crimes e pessoas com problemas de saúde.
Na quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça retirou da pauta o julgamento de um pedido de habeas corpus para Marcelo Odebrecht e Márcio Faria, ex-executivo da companhia.
A situação dos dois deve ser julgada na próxima semana.
Na mesma sessão, os ministros decidiram manter presos o presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo e do executivo da empresa Elton Negrão.
Os ministros também não aceitaram o pedido de habeas corpus feito pela defesa do publicitário Ricardo Hoffmann, que é réu em um dos processos da Lava Jato, envolvendo o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Em todos os casos, somente o relator dos pedidos, ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, votou para que eles fossem para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Ele não foi seguido pelos colegas.
Todos devem permanecer em prisão preventiva no Paraná.