Depois de evento sobre a questão dos Direitos Humanos, nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma foi perguntada sobre uma fala de Temer, na conversa entre ambos, pedindo que a petista não interferisse nas questões do PMDB… “… a minha conversa com o vice-presidente Temer, presidente do PMDB, eu entendo que ele tenha considerações a respeito do PMDB, ele é presidente do partido.
Então, o governo não tem o menor interesse em interferir nem no PT, nem no PMDB, nem no PR.
Agora, o governo lutará contra o impeachment.
São coisas completamente distintas”, afirmou. “Para cada conquista tem um novo desafio; para cada conquista se sabe o muito que ainda nós temos de caminhar, até porque nós somos uma democracia bastante jovem ainda.
E a gente sabe que sem democracia não têm direitos humanos crescendo, se incorporando e revigorando.
E sem direitos humanos também você não tem uma democracia sólida, uma democracia que tenha instituições maduras”, afirmou, em referência ainda a crise política.
A maior critica, entretanto, foi reservada aos tucanos, um dia depois da manifestação pública da oposição. “Não é possível que os jornalistas aqui presentes tenham ficado surpreendidos.
Aliás, a base do pedido e das propostas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é o PSDB.
Sempre foi.
Ou alguém aqui desconhece esse fato?
Porque senão fica uma coisa um pouco hipócrita da nossa parte nós fingirmos que não sabemos disso”.
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, havia se reunido na noite desta quinta-feira (10/12) com todos os governadores do partido, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com os líderes na Câmara e do Senado para avaliar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Participaram do encontro os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Paraná, Beto Richa, do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso, Pedro Taques, do Pará, Simão Jatene, e de Goiás, Marconi Perilo.
Além deles e de FHC, participaram do encontro os líderes do partido na Câmara, Carlos Sampaio, no Senado, Cássio Cunha Lima, o senador José Serra, e o vice-líder na Câmara, Nilson Leitão.