Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, diz que há muitas dúvidas no partido e que decisão sobre impeachment ficou para o próximo dia 17.

Foto: Divulgação Por Franco Benites do Jornal do Commercio Autointitulado independente em relação ao governo Dilma Rousseff (PT) e sem se colocar na oposição formal à petista, o PSB ainda não definiu se será favorável ou contrário ao processo de impeachment da chefe de Estado.

A reunião que iria deliberar sobre o tema, marcada para ontem, foi adiada para o dia 17.

LEIA MAIS: » Rede e PSB discutem que posição tomarão no processo de impeachment » Bancada do PSB na Câmara respeita Paulo Câmara, mas deve defender impeachment na reunião da Executiva Nacional O presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, afirmou que a postura indecisa não traz nenhum tipo de prejuízo aos socialistas. “Todo mundo entende que não tem urgência.

O PMDB, por exemplo, é o partido mais interessado no assunto e não tomou uma decisão ainda”, argumentou. » Em cima do muro, reunião da Executiva Nacional do PSB é alterada para quinta-feira O dirigente nega que o adiamento da decisão tenha ocorrido devido a um clima acirrado entre os grupos pró e contra impeachment. “Há mais dúvidas do que divisão”, cravou.

Ele ainda declarou que o ambiente político conturbado exigiu mais prudência. “Fizemos uma avaliação e resolvemos esperar uma semana para ter um panorama mais claro”, afirmou. » Teresa Leitão critica irmão de Eduardo Campos por apoiar impeachment antes da decisão do PSB No PSB, o governador Paulo Câmara (PSB) e os governadores Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB) integram o grupo contrário à saída de Dilma Rousseff da presidência da República.

Esta semana, os socialistas somaram-se a outros 13 gestores estaduais e assinaram um documento intitulado “Carta da Legalidade” contra o impeachment. » Irmão de Eduardo Campos defende impeachment de Dilma junto a direção do PSB O presidente nacional do PSB pontua que a iniciativa não representa o partido. “Foi uma atitude de caráter pessoal. É da natureza dos governadores, por sua relação com o governo federal, serem mais prudentes”, avaliou.

MILITÂNCIA A direção nacional do PSB usou o site oficial para comunicar a decisão de adiar o veredicto sobre o impeachment e teve retorno de alguns internautas.

Cesar Murilo Soares escreveu que prefere o caminho das “urnas e legalidade”. » Em Petrolina, Lucas Ramos ameaça bate chapa no PSB e diz ser o único capaz de criar pontes com Julio Lossio Já Claudemir Mota afirmou que o partido deveria reafirmar posições históricas e se referiu ao impeachment como “golpe”.

Francisco Morais se identificou como militante socialista e opinou contra o impeachment: “espero que o meu partido não seja favoravel ao inpedimento da presidente.

O governo não merece defesa, mas a alternância deve ser feita em 2018”.

Houve, no entanto, quem solicitasse alinhamento ao coro do impeachment. “Espero que seja a favor do povo e o povo quer o impeachment”, escreveu o internauta Leandro Nascimento.

Por sua vez, Andre Luis Brandizzi pediu a saída de Dilma e solicitou que a legenda não “se vendesse”.

Pedro Souza afirmou que o ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto de 2014, faz falta ao partido no atual momento político.