Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), no plenário da Câmara Federal nesta quinta A Câmara dos Deputados não pode mais conviver com episódios como o de ontem, sobretudo, no Conselho de Ética.

O que ocorreu lá foi uma verdadeira excrescência, uma imoralidade, uma indecência, um escárnio.

O Presidente Eduardo Cunha, do seu gabinete, comandava a sua tropa de choque no âmbito do Conselho de Ética para protelar, adiar mais uma vez, a decisão sobre ele que lá está sendo analisada. É impossível que a atividade parlamentar se encerre na próxima semana e nós continuemos nessa mesmice.

O Supremo Tribunal Federal recebeu a denúncia da Procuradoria-Geral da República no dia 20 de agosto.

Isso vai completar 120 dias.

Até agora a PGR não se pronuncia sobre esse escárnio.

Continuando vendo as estripulias famigeradas do Presidente da Casa.

Nós não podemos ficar calados diante disso.

A nação inteira quer a saída do Deputado Eduardo Cunha, porque se ele não reúne condições para presidir esta Casa e muito menos condições de conduzir um eventual episódio de impeachment.

Ele não tem condições nem morais nem éticas de conduzir esse processo.

Ele fez e faz chantagem.

Chantageou a oposição nesta Casa.

Chantageou o PT.

Chantageou a Presidente da República.

Só que a Presidente da República não é nenhuma santinha.

Ela se envolveu nesse processo de chantagem e quando percebeu que tinha um preço muito alto a pagar, um preço extorsivo, recuou.

Foi então que ele anunciou o processo de impeachment.

Não podemos continuar com isso.

O Presidente da Câmara usa o Vice-Presidente da Casa, também envolvido na Lava-Jato, para mandar um ofício que modifica o relator da matéria contra ele no Conselho de Ética. É a tropa de choque do Presidente da Casa tumultuando as coisas.

E o pior de tudo, para concluir minha fala, é que assinei uma lista para substituir o Líder do PMDB na Casa, o Deputado Leonardo Picciani, colocando em seu lugar o senhor Leonardo Quintão, Deputado Federal de Minas Gerais.

E para minha surpresa a primeira coisa que ele fez ontem foi se juntar, desgraçadamente, à tropa de choque, no Conselho de Ética, para defender o seu Eduardo Cunha.

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