https://www.youtube.com/watch?v=1eDzbX69j1s Por Anna Tiago, repórter do Blog A Polícia Federal em Pernambuco vai investigar se os maços de dinheiro arremessados pela janela de um dos endereços investigados na Operação Pulso, nesta quarta-feira (9), pertencem ou não ao diretor-presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Rômulo Maciel Filho.
Segundo o superintendente da PF no Estado, Marcello Diniz Cordeiro, as cédulas vão passar por uma perícia datiloscópica, que analisará as impressões digitais. “Esse dinheiro não foi contado porque nossa perícia chegou prontamente para preservar o local e recolher, com luvas, e colocá-lo em sacos para ver se encontra digitais e vincule ainda mais àquele que jogou o dinheiro fora”, explica.
LEIA TAMBÉM: > PF deflagra operação contra organização criminosa que atuava na Hemobrás > Polícia Federal investiga se recursos desviados da Hemobrás foram usados nas eleições de 2014 > Preso acusado de desviar recursos públicos da Hemobrás já ganhou título de cidadão pernambucano Ainda de acordo com Diniz, há fortes indícios de que o dinheiro foi jogado da janela da residência do diretor-presidente. “Ainda não se confirma, mas tudo indica que seja, pois havia semelhanças do pacote jogado com pacotes que estavam na residência”, conta.
Além dos pacotes semelhantes, foram apreendidos R$ 15 mil em um cofre do apartamento de Maciel e cerca de 70 obras de arte, uma delas pré-avaliada em R$ 100 mil. “A gente tinha informação de que parte do que era recebido ilegalmente era investido em obras de arte.
Colhemos evidências de que essa pessoa investigada é um colecionador e hoje a gente percebeu a dimensão”, explica o delegado à frente da Operação Pulso, Wagner Menezes.
Rômulo Maciel foi afastado do cargo por 90 dias, assim como o diretor de Inovação Tecnológica da Empresa, Mozart Sales, e um membro da equipe de engenharia.
Os três são suspeitos de participar de uma organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos da Hemobras.
Além dos mandados de busca e apreensão, dois empresários foram presos temporariamente em Pernambuco e no Piauí.