Foto: reprodução do Facebook Suspeito de participar de uma organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), o ex-diretor de inovação tecnológica da estatal, Mozart Sales, negou estar envolvido com qualquer ato ilícito.
Sales foi afastado do cargo nesta quarta-feira (9), após a Polícia Federal deflagrar a Operação Pulso, que investiga desvio de recursos públicos da Hemobrás.
Além dele, foram afastados o diretor-presidente da estatal, Rômulo Maciel Filho, e um membro da equipe de engenharia.
Dois empresários foram presos temporariamente em Pernambuco e no Piauí.
Há suspeita de que os recursos desviados teriam financiado campanhas eleitorais em 2014.
Por meio de nota, o ex-coordenador do Mais Médicos afirma que prestou esclarecimentos à PF na condição de testemunha e que não houve ordem de prisão em seus desfavor, apenas teve aparelhos de celular apreendidos.
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De acordo com ele, vários hemocentros no País já haviam reportado o problema e era fundamental solucioná-lo o quanto antes.
A seu favor, Sales salientou que todo o procedimento foi fruto de auditoria interna, recebeu parecer favorável da Advocacia Geral da União (AGU) e também foi acompanhado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Sem que qualquer um deles apontasse qualquer indício de favorecimento ou mesmo superfaturamento”, enfatizou.
Mozart Sales se disse tranquilo em relação ao Inquérito da PF e que estará à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários.
Ele ressalta ainda que também atuou no Ministério da Saúde, “não tendo nenhum fato que desabone sua conduta”.