O nome do governador Paulo Câmara, do PSB, foi citado nesta terça-feira como tendo assinado uma carta defendendo a presidente Dilma, ao lado de governadores de 14 estados e do Distrito Federal O governador já avisou que não terá agenda pública nesta quarta-feira no Recife.
Nesta terça-feira, oficialmente o governador do Estado havia ido ao encontro de Dilma para apresentar o combate ao mosquito da Dengue no Estado, mas na prática o encontro havia sido articulado pelo governador do Rio, Pezão, para dar apoio a petista.
Em cima do muro, nesta quinta, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, alterou a data da reunião extraordinária da Comissão Executiva Nacional para a quinta-feira (17).
No encontro, será discutida a posição do partido sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A reunião estava marcada para segunda e foi adiada para quarta.
Hoje, sofreu novo adiamento.
No sábado, no mesmo dia que Dilma fotografava ao lado de Paulo Câmara no Recife, no Exército, o advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos e pré-candidato a prefeito de Olinda, em 2016, aproveitou a passagem dela pela cidade para divulgar uma carta que enviou ao comando nacional do PSB defedendo o Impeachment já!.
Irmão de Eduardo Campos defende impeachment de Dilma junto a direção do PSB O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, sequer apareceu no encontro. » Geraldo Julio não comparece em evento ao lado de Dilma no Recife » Entenda por que o prefeito Geraldo Julio não compareceu ao evento com Dilma neste sábado > Geraldo Julio larga na frente na corrida pela Prefeitura do Recife em 2016 Culpada pela crise pelo recifense, Dilma tem impopularidade alta.
Reprovação de Paulo Câmara supera aprovação A íntegra da carta Os governadores estaduais vêm, por meio desta nota, manifestar-se contrariamente ao acolhimento do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta da República.
A história brasileira ressente-se das diversas rupturas autoritárias e golpes de estado que impediram a consolidação da nossa democracia de forma mais duradoura.
Tanto é assim que este é o período mais longo de normalidade institucional de nossa história, conquistado após a luta de amplos setores da sociedade.
Nesse sentido, é dever de todos zelar pelo respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito.
Entendemos que o mecanismo de impeachment, previsto no nosso ordenamento jurídico, é um recurso de extrema gravidade que só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo que atentem contra a Constituição.
O processo de impeachment, aberto na última quarta-feira, 02/12, carece desta fundamentação.
Não está configurado qualquer ato da Presidenta da República que possa ser tipificado como crime de responsabilidade.
Compreendemos as dificuldades pelas quais o país atravessa e lutamos para superá-las.
Todavia, acreditamos que as saídas para a crise não podem passar ao largo das nossas instituições e do respeito à legalidade.
Por isso, ciosos do nosso papel institucional, conclamamos o país ao diálogo e à construção conjunta de alternativas para que o Brasil possa retomar o crescimento econômico com distribuição de renda.
Brasília, 8 de dezembro de 2015 Distrito Federal: Rodrigo Rollemberg (PSB) Estado do Acre: Tião Viana (PT) Estado das Alagoas: Renan Calheiros Filho (PMDB) Estado do Amapá: Waldez Góes (PDT) Estado da Bahia: Rui Costa (PT) Estado do Ceará: Camilo Santana (PT) Estado do Maranhão: Flávio Dino (PCdoB) Estado das Minas Gerais: Fernando Pimentel (PT) Estado da Paraíba: Ricardo Vieira Coutinho (PSB) Estado de Pernambuco: Paulo Câmara (PSB) Estado do Piauí: Wellington Dias (PT) Estado do Rio Grande do Norte: Robinson Faria (PSD) Estado do Rio de Janeiro: Luiz Fernando Pezão (PMDB) Estado de Roraima: Suely Campos (PP) Estado de Santa Catarina: Raimundo Colombo (PSD) Estado do Sergipe: Jackson Barreto (PMDB) Leia mais aqui.