O líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho, atribuiu à postura do próprio governo da presidente Dilma Rousseff/PT que criou o ambiente para a formação de uma chapa alternativa para a comissão especial do impeachment. “O governo manipulou os partidos da base governista para estabelecer uma comissão composta por uma chapa branca, formada por membros que estão totalmente alinhados com a lógica do Palácio do Planalto”, afirmou. “Diante da manobra do governo petista, que tentou controlar os rumos da comissão, deputados de partidos da base aliada e da oposição decidiram lançar uma chapa avulsa para a comissão especial, que deverá ser apresentada e submetida à votação de hoje”.
A escolha entre as duas chapas será definida no plenário. “A disputa em plenário é legítima e já ocorreu em várias outras eleições.
Vamos ao voto para saber qual é a vontade da maioria no plenário da Casa”, afirmou.
Ele lembrou que, no caso da chapa avulsa, “ninguém está impondo nada” e que a oposição tem apenas 20% dos votos na Câmara.
Está estabelecido que uma chapa avulsa para a comissão especial do impeachment deve ser formada por, pelo menos, metade mais um das vagas.
Considerando a representatividade dos partidos na Câmara, a comissão é formada por 65 membros.
Então, a chapa avulsa será formada por 33 membros.
Ele diz que a regra da proporcionalidade também será seguida na comissão especial. “Os espaços partidários devem e têm de ser respeitos.
Se o governo manobrou para alcançar uma hegemonia em alguns partidos, e houve uma rebelião entre esses partidos, não é responsabilidade da oposição”, afirmou.