Depois de cinco adiamentos, o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), encerrou há pouco a discussão do relatório do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) que pede a continuidade da representação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Os aliados de Eduardo Cunha tentam ganhar tempo e não realizar a votaçao, para ganhar mais tempo.

Em meia hora, começa a sessão da comissão que avalia o pedido de admissibilidade do impeachment, situação que suspende a votação.

Pinato ressaltou que durante o processo Eduardo Cunha terá o direito de se defender. “Em momento algum, entro na questão de mérito e levaremos em consideração todas as ponderações”, disse o relator.

O advogado Marcelo Nobre voltou a falar sobre o recurso apresentado no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento de Fausto Pinato.

O advogado alegou que, ao escolher o relator, o presidente do Conselho não levou em consideração que o deputado é do mesmo bloco partidário que o presidente Eduardo Cunha.

Nobre afirmou que também entrou com recurso regimental à Mesa, solicitando o afastamento de Pinato. “As delações não fazem prova de nada”, criticou.

Segundo o advogado, Eduardo Cunha não mentiu na CPI .

O deputado Manoel Junior (PMDB-PB) formulou questão de ordem pedindo mais uma vez o afastamento do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) do Conselho de Ética que vai definir pela continuidade ou não da representação contra o presidente Eduardo Cunha.

Segundo Manoel Junior, por Delgado ter sido candidato contra Cunha para presidência da Casa, ele não possui isenção para julgar. “A posição de Delgado superou a disputa eleitoral.

Ele não detém a imparcialidade necessária”