O presidente da União Brasileira de Municípios (Ubam), Leonardo Santana, disse que toda movimentação em torno do afastamento da presidente Dilma poderá se tornar nula, devido a princípios constitucionais que impedem a continuação do processo de impeachment.

Ele garantiu que não há base legal para o processo e que não se pode afastar um chefe de Estado, sem haver provas de improbidade administrativa e corrupção, atendendo apenas aspirações políticas e interesses escusos. “Qualquer cidadão poderia apresentar à Câmara um pedido de impeachment.

No entanto, isso só pode ser feito com a apresentação de provas documentais ou da indicação de no mínimo cinco testemunhas que possam comprovar as acusações de crime de responsabilidade, sendo isso difícil porque a presidente Dilma é uma mulher honrada e muito honesta”, disse Leonardo.

Segundo o dirigente municipalista, não foram praticados atos contra a segurança interna do país, nem contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, não há provas que afetem a probidade da administração pública e nem houve crime contra lei orçamentária. “Irregularidades fiscais são práticas que acontecem na normalidade do exercício da administração pública, com o objetivo de atender o mercado interno e externo, não podendo configurar motivo suficiente para um impeachment” “Por outro lado, não há nenhum indício de participação da presidente Dilma nos desvios praticados na Petrobrás.

Muitas vezes o governante não é informado de tudo, pois a máquina é imensa e complexa.

Até se que prove o contrário, a presidente Dilma é uma mulher extremamente honesta e conduz o país de forma honrosa”, diz.

Leonardo disse que a maioria do povo brasileiro teme que o afastamento da presidente, além de ser injusto, comprometerá todos os avanços que o governo conseguiu para o país. “Temo que a saída de Dilma possa abrir uma inoportuna chegada de um governo elitista e que comprometa os avanços sociais”, diz o presidente da Ubam.