Na semana passada, esquivando-se de defender Dilma, o vice Michel Temer afirmou esperar que a discussão e o desfecho do impeachment, no Congresso, afinal pacifiquem o Brasil.
Antes, ele mesmo havia dito que o Brasil precisava de alguém que pacificasse o Brasil, apontando um futuro, fala que lhe custou mais desconfiança entre os petistas, em um momento em que Dilma já começava a perder prestígio nacionalmente.
Nesta segunda, depois de o vice-presidente ter dito que Dilma nunca demonstrou confiança nele, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deu declarações que podem ser interpretadas como críticas veladas. “Buscar pacificar o País por meio da ilegalidade é um erro grosseiro”, afirmou nesta segunda-feira (7) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após participar de reunião com a presidenta Dilma Rousseff e juristas contrários à abertura do processo de impeachment. “Não existe pacificação e nem unidade nacional fora da legalidade.
O Brasil demorou muitos anos para constituir-se um Estado democrático de direito.
Pensar hoje que fora da Constituição e fora da lei se vai conseguir pacificar o País e encontrar saída para qualquer das crises que vivemos é um erro grosseiro, um equívoco com o qual não podemos concordar”, afirmou.
O ministro ressaltou ainda que não existe “justa causa” para abertura do processo de impeachment contra a presidenta. “Não existe dentro dos marcos constitucionais e legais nenhuma procedência para aquilo que hoje está em curso e tramitando no Congresso Nacional”, disse.
Durante a entrevista, Cardozo destacou que no encontro com os juristas ficou evidenciada a falta de legalidade do processo. “Eles mostraram posicionamento da induvidosa inconstitucionalidade e ilegalidade do pedido de impeachment que está em curso”, finalizou.
Com informações do Blog do Planalto