Por Cássio Oliveira, repórter do Blog O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), não compareceu ao evento com a presidente Dilma Rousseff, na manhã deste sábado (5), preferindo participar da cerimônia de eucaristia do filho.
O secretário de Saúde da Prefeitura do Recife, Jailson Correia, representou o prefeito.
Na sexta-feira (4), Geraldo afirmou que estava sendo criado uma cortina de fumaça em torno do impeachment, pelo PT, ao usar o nome de Cunha para deslegitimizar o pedido.
A presidente desembarcou no Recife às 11h10 de hoje para discutir medidas de combate ao Aedes aegypti.
Geraldo Julio vê cortina de fumaça sobre o impeachment de Dilma “Acho que a discussão sobre a situação ou a relação pessoal entre Dilma e Eduardo Cunha não é o que está em questão.
O que está em discussão, nesse momento, é que pessoas, com a respeitabilidade que o Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr têm, apresentaram o pedido de impeachment e o processo vai ser analisado na instância democrática adequada que é o Congresso Nacional”, disse, nesta sexta, recusando o discurso do PT de que é ela Dilma contra ele Cunha.
Impeachment: Geraldo Julio diz que momento exige responsabilidade Pernambuco tem a maior concentração de casos de microcefalia, que possui relação comprovada com zika, transmitida pelo mosquito.
O prefeito do Recife alegou compromissos familiares para justificar a sua ausência.
No evento estão presentes o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) e o vice-governador Raul Henry (PMDB).
Além dos deputados federais Eduardo da Fonte (PMDB-PE), Zeca Cavalcanti (PTB-PE) e Luciana Santos (PCdoB-PE), o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Armando Monteiro e o senador Humberto Costa (PT-PE).
O encontro acontece no Comando Militar do Nordeste, no Curado.
Neste sábado, os caciques socialistas mostraram divisão quanto a Dilma.
O governador Paulo Câmara foi ao encontro da presidente.
No dia anterior, ele havia dito que não havia fundamento para o pedido de impeachment. ”Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República”, afirmou PC.
A exemplo do PT, Paulo Câmara mostrou alinhamento também ao defender a saída de Eduardo Cunha Já o irmão do governador Eduardo Campos, Antônio Campos, divulgou uma carta aberta ao partido pedindo a direção do PSB que defenda o impeachment já! “Venho externar minha posição neste momento histórico, na condição de integrante do Conselho de Ética da Executiva Nacional do PSB, pela defesa do impeachment da presidente Dilma Roussef, conforme requerido pelos juristas Hélio Bicudo – fundador do PT – e Miguel Reale Júnior e que neste momento encontra-se em apreciação no Congresso Nacional”, escreveu Antõnio Campos, pré-candidato a prefeito de Olinda, em 2016.
Irmão de Eduardo Campos defende impeachment de Dilma junto a direção do PSB Na próxima segunda-feira (7), especula-se que o PSB deve assumir uma postura sobre o impeachment.
Alguns diretórios do PSB têm posição contrária ao impeachment, mas as principais lideranças nacionais do partido, como o presidente Carlos Siqueira, têm se posicionado contrárias ao governo e batido de frente com a presidente, o que deve ajudar a cristalizar a posição da legenda.
Nessa quinta-feira (3), Carlos Siqueira evitou adiantar o posicionamento da legenda, afirmando que um tema de tamanha gravidade não pode ter um debate improvisado.
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