Paulo Câmara, em nota oficial nesta tarde “Gostaria de registrar, para esclarecimento, o meu entendimento a respeito do momento político que vive o Brasil.
Não houve tempo, de minha parte, de conversar sobre esta nota que está circulando como sendo a posição dos Governadores do Nordeste.
A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação.
E, por isso, gostaria de externar minha posição.
Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República.
Mas há agora um fato consumado: foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados.
Ele precisa deixar a presidência da Casa.
Diante do fato consumado, espero que possamos superar esse impasse político.
O que a população quer ver são ações em favor da coletividade, tais como a nossa luta para conter o avanço do mosquito aedes aegypti; o combate ao desemprego, que sobe em velocidade; o esforço para tomar medidas certas para controlar a inflação; e nossa atuação para recolocar o Brasil nos trilhos para que o País volte a crescer e a gerar emprego e renda. É necessária uma união nacional para a superação dos atuais obstáculos.
Temos que trabalhar duro para que em 2016 esta crise política seja ultrapassada e que os problemas econômicos sejam efetivamente enfrentados.
Isso só será possível com estabilidade política para resgatar a confiança e a credibilidade na nossa economia.
Esse processo também é uma oportunidade para o Governo, de fato, quem sabe, rearrumar a sua base no Congresso Nacional e aprovar as medidas necessárias para ajustar a economia. É preciso dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição.
Nosso partido não votou nem na presidente da República e nem no presidente da Câmara dos Deputados.
Trilhamos nosso próprio caminho.
Essa postura continuará, defendendo as instituições e o respeito à Constituição do País.” Paulo Câmara Governador do Estado de Pernambuco