Foto: reprodução/Facebook O governo terá uma dura batalha no Conselho de Ética da Câmara nesta terça-feira (1). Às 14h30 os deputados se reúnem para votar o relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) que recomenda a abertura de processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro.
Cunha deve dar seguimento ao impeachment de Dilma caso os petistas do Conselho de Ética votem pela continuidade de sua cassação.
A presidente do PT em Pernambuco, deputada Teresa Leitão, defendeu a abertura do processo contra o peemedebista. “Pra mim os petistas devem votar pela abertura do processo conforme o relatório.
Não devem sucumbir às chantagens de Cunha”, disparou.
Eduardo Cunha deu indicações ao Planalto de que, se os três petistas que integram o Conselho de Ética da Casa votarem pela abertura do processo por quebra de decoro, ele vai retaliar e dar prosseguimento a pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Diante disso, o governo intensificou a pressão sobre os petistas, apesar de, oficialmente, alegar que não irá interferir nos votos dos deputados.
De acordo com Teresa Leitão, o momento é de preocupação, mas o PT não pode ceder. “Ficamos preocupados com os pedidos de impeachment, mas, essa tese pra mim é mais frágil do que os envolvimentos de Cunha, que estão evidenciados”, disse a deputada.
Os deputados petistas Valmir Prascidelli (SP), Zé Geraldo (PA) e Léo de Brito (AC), representantes do PT no colegiado, têm alegado ao Planalto que enfrentam dificuldades em suas bases para votar a favor de Cunha.
Se os petistas atenderem ao pedido do peemedebista, ele já informou a interlocutores da presidente que segura o impeachment. “Está nas mãos deles.
Tudo depende do comportamento do PT”, teria dito Cunha, segundo interlocutores da presidente.
Aliados do presidente da Câmara dizem que ele tem garantidos até agora nove dos 11 votos de que precisa no Conselho de Ética.
Os três votos do PT são, portanto, considerados fundamentais para ele se livrar do processo de cassação.