O Senado aprovou, por maioria, derrubada de veto de Dilma para a PEC da Bengala, com votos majoritários de governistas.
Discussão agora começa na Câmara dos Deputados.
O projeto visa a prorrogação da idade de aposentadoria compulsória dos magistrados e outros servidores para 75 anos de idade.
Foram 350 votos pela derrubada e 15 votos contra.
Assim, o projeto será remetido novamente à Presidência da República para publicação com o aviso da derrubada do veto.
A matéria foi vetada totalmente pela presidente Dilma Rousseff com base em vício de iniciativa.
Segundo o Executivo, por se tratar de aposentadoria de servidores públicos da União, o tema deve ser proposto exclusivamente pelo presidente da República.
Desembargadores se articulam para rejeição do veto à PEC da Bengala O voto do tema é importante neste momento porque interessa aos magistrados nos Estados, que querem a mesma expansão de tempo de cinco anos dada nos tribunais superiroes, para os ministros do STF, embora a medida valha agora para todos os servidores públicos nos estados e municípios.
A oposição na Câmara dos Deputados promete dar apoio à derrubada do veto em troca de deixar para esta quarta-feira o restante das votações, como a questão do ajuste fiscal de Dilma.
Pelo regimento interno do Congresso, ainda faltaria discutir mais um veto, para limpar a pauta da casa e poder finalmente entrar na questão do ajuste das contas propriamente dito.
Em comum acordo, o veto de Dilma aos projeto de José Serra foi derrubado por volta das 22 horas (Recife), com mais de 300 votos contra a orientação inicial do próprio Planalto. » Dilma veta aposentadoria compulsória aos 75 para servidores públicos » PEC da Bengala: em pauta a votação da Lei Complementar que estende o benefício a todos os servidores públicos » Sílvio Costa critica decisão do STF sobre PEC da Bengala » Álvaro Porto colhe assinaturas e apresenta PEC da Bengala de Pernambuco à Mesa da Alepe » Deputado Estadual Álvaro Porto já colhe assinaturas para PEC da Bengala Acordo pela derrubada e polêmica A derrubada do veto foi possível após um acordo firmado entre partidos de oposição e da base do governo.
O acordo assegurou o quórum mínimo para a continuidade das votações.
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), que propôs o acordo, disse que os parlamentares de seu partido só registrariam presença em Plenário para permitir a votação do veto caso houvesse o compromisso do PT de derrubá-lo.
O mesmo entendimento foi defendido por líderes do PR, do PPS, do PSDB e da Minoria.
O líder do governo, deputado José Guimarães (CE), concordou com o acordo e decidiu liberar a bancada governista para votar.
Já o líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), disse que conversou com a bancada e decidiu aceitar o acordo recomendando o voto do PT pela derrubada do veto. “É muito importante que a gente tenha conseguido chegar a um acordo neste assunto.
Uma pessoa de 75 anos tem condições de produzir, oferecer grande contribuição ao País, tanto um professor como um desembargador”, disse Mendonça Filho. “Se a oposição não obstruir o quarto veto, nós faremos uma liberação”, disse Guimarães.
O líder do governo, entretanto, não concordou com a proposta do líder do DEM que sugeriu o adiamento para amanhã da votação do PLN 5, que revisa a meta fiscal do governo para este ano.