Sem alarde, no Diário Oficial de sábado (28), saiu notícia na qual o presidente da Compesa, Roberto Tavares, diz que o Ministério Público pode ser “passeiro” no saneamento.
Como se trata de uma palavra de conteúdo negativo, esperamos que, na verdade, tenha sido um erro de revisão no Diário Oficial, coisa que, infelizmente, tem sido comum no Governo de Paulo Câmara (PSB).
A palavra também não combina com o perfil fidalgo do presidente da Compesa, Roberto Tavares.
Tempos difíceis, em que não se pode acreditar mais nem no Diário Oficial.
Pelo interior, a Compesa realizou uma ação de fiscalização com a Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga (Ciosac), da Policia Militar, nas adutoras do Sistema Adutor do Salgueiro.
No período de 25 a 27 de novembro, foram encontradas 11 ligações clandestinas, sendo nove na adutora que atende ao Povoado de Guarani, no município de Terra Nova, e duas em Cabrobó, no ramal que atende as cidades de Serrita e Terra Nova. “A maioria das ligações estava localizada nos trechos onde houve maior incidência de furtos de água nos últimos anos.
Com a supressão desses desvios ilegais, a vazão do sistema passou de 311 para 340 litros por segundo”, explicou o gerente Regional do Sertão Central, Januário Nunes.
Além dos municípios onde foram encontradas as irregularidades, o sistema ainda é responsável pelo abastecimento de Salgueiro, Umãs e Verdejante.
Segundo o gerente, essas ações de fiscalização geralmente são realizadas entre os meses de setembro e dezembro, período em que ocorre maior incidência de furtos de água nas adutoras.
Elas integram o programa Operação Água Legal, que teve início em 2012 com o objetivo de fiscalizar desvios clandestinos no Sertão do estado.
Desde o início do programa, foram encontradas e corrigidas 183 irregularidades no Sistema Adutor do Salgueiro.
Só em 2015, foram identificadas e suprimidas 32 ligações neste sistema.