Nesta quinta-feira (3), o secretário municipal de Saneamento, Alberto Feitosa, estará em Paris para apresentar o projeto de Mapeamento das Áreas Críticas do Recife.
Projeto ambiental de Geraldo Julio é selecionado pela COP21 e pode receber 10 milhões de euros a fundo perdido O trabalho foi escolhido pelo ICLEI, uma rede mundial com mais de mil cidades e metrópoles empenhadas na construção de um futuro sustentável, e será apresentado dentro do Programa de Ações Transformadoras (Transformative Actions Program - TAP), que acontece durante o COP21.
O projeto da Secretaria de Saneamento é o único de Pernambuco que será apresentado no evento.
Além dele, foram selecionadas iniciativas de Belo Horizonte, Itu (SP) e Fortaleza.
Os trabalhos serão expostos em um sessão dedicada aos projetos brasileiros, no pavilhão Cidades e Regiões.
Para o secretário, esta é uma grande oportunidade. “Nosso projeto é inovador e fundamental para o desenvolvimento do Recife, principalmente das comunidades Malvinas e Curral, no bairro dos Torrões.
Esperamos que essa apresentação, em um evento tão importante, gere muitos frutos positivos”.
O projeto do Parque Capibaribe, da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, também foi selecionado para compor o portfólio do ICLEI, que será apresentado a investidores estrangeiros.
Em execução pela Autarquia de Saneamento do Recife (Sanear), o Mapeamento de Áreas Críticas é um projeto que irá resultar em um censo completo de 50 mil famílias residentes em 480 áreas de interesse social, distribuídas em 2.573 microrregiões, totalizando 4.460 hectares do território municipal.
O trabalho vai analisar condições de infraestrutura urbana, renda familiar e moradia.
De acordo com a secretaria, o estudo foi dividido em três etapas: mapeamento, conhecimento e intervenções.
O primeiro momento coletou dados para compor um levantamento dos locais.
Em seguida, será feito um diagnóstico mais específico, avaliando onde residem as famílias e em quais condições elas vivem, e apontando as situações de moradia, saneamento, coleta de lixo, iluminação, abastecimento de água, drenagem, presença de equipamentos públicos municipais ou estaduais. “Os dados coletados em campo subsidiarão a implantação do Programa de Saneamento Integrado - PSI e permitirão elaborar projetos mais eficientes nas áreas de esgotamento sanitário e abastecimento de água, implantação de sistemas viários e de acessibilidade, contenção de encostas e recuperação de áreas degradadas”.