Foto: Abr Agência O Globo - Num dia que promete trazer tensão para o ambiente político e econômico, a presidente Dilma Rousseff vai se reunir com líderes da base aliada no Congresso para sentir o clima na Casa e pedir empenho de deputados e senadores para aprovar mudanças na meta fiscal.

A sessão para analisar a autorização para o governo acomodar um déficit de R$ 120 milhões este ano está marcada para as 19h.

No encontro, deputados e senadores vão apreciar quatro vetos presidenciais e o PLN nº 5, que altera a meta fiscal de 2015, o item mais importante da pauta.

A alteração é fundamental para que o Governo Federal possa liberar recursos orçamentários para pagamentos de despesas obrigatórias.

O Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) estará às 11h no Palácio do Planalto para o encontro. “É imprescíndivel que nós analisemos os vetos e passemos ao PLN.

Se a gente não o aprovar na noite de hoje, vamos parar o país porque o governo não pode gastar o que não tem autorização.

O Congresso tem que tirar o Brasil desse imobilismo”, afirma Humberto.

Antes, porém, o governo terá uma dura batalha no Conselho de Ética da Câmara. Às 14h30 os deputados se reúnem para votar o relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) que recomenda a abertura de processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro.

De acordo com as contas de aliados do peemedebista, para se salvar e escapar da instauração do processo — o que, se acontecer, impede que ele renuncie para escapar da cassação — Cunha necessita dos três votos dos petistas que estão no Conselho.

Dilma não quer passar a impressão de que irá se envolver diretamente na questão.

Mas o Palácio do Planalto, por meio dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo), têm procurado convencer os petistas de que, mais importante do que cassar Cunha, neste momento, é dar governabilidade à presidente.

Dilma se reúne agora cedo com Jaques Wagner.