Começou ainda há pouco a sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, onde se discute se o presidente Eduardo Cunha pode ou não ser processado.

O relator Fautso Pinato apresentou relatório defendendo que sim.

Como tudo na Câmara dos Deputados não é simples, a sessão começou com uma questão de ordem.

Os aliados do presidente Eduardo Cunha pediram para avaliar a participação, na votação, do deputado Julio Delgado, do PSB de Minas Gerais.

Ele disputou com Eduardo Cunha a presidência da Câmara dos Deputados e perdeu.

Já declarou voto contrário a Eduardo Cunha.

Se os aliados fazem questão de anular esse voto é porque não contam com maioria.

A questão de ordem foi formulada pelo deputado Manoel Junior, aliado de Eduardo Cunha.

O pedido acabou sendo indeferido.

Uma deputada da Rede, do Maranhão, Eliziane Gama, assumiu o lugar e defendeu voto contra Eduardo Cunha.

A maior polêmica, entretanto, envolve o voto dos três petistas no conselho.

Eduardo Cunha precisa do voto deles para se safar.

Há resistências, uma vez que eles teriam que se imolar em praça pública para ajudar o governo Federal.

Eduardo Cunha ameaça encaminhar o pedido de impeachment, se não for ajudado.

No começo da sessão, por 15 minutos, o advogado Marcelo Nobre, fez defesa preliminar referente ao Processo Nº 01/15, representação Nº 01/15, do PSOL e REDE, em desfavor do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), no Conselho de Ética da Câmara. Único pernambucano que vai participar da análise e julgamento do processo de cassação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado federal Betinho Gomes (PSDB) classificou como trágica uma suposta chantagem de Cunha para permanecer no cargo. » Teresa Leitão diz que PT não deve ceder a chantagem de Eduardo Cunha LEIA TAMBÉM: > Começa sessão de votação do parecer contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética > Eduardo Cunha ameaça impeachment e petistas discutem salvá-lo > Teresa Leitão diz que PT não deve ceder a chantagem de Eduardo Cunha O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC), se recusou a convocar uma reunião da bancada para fechar questão sobre o destino de Cunha.

Segundo fontes petistas, ele seguiu orientação do Palácio do Planalto, que teme uma represália do peemedebista com a abertura do processo de impeachment.

Além disso, um grupo de deputados petistas é aliado de Cunha.

Sibá não atendeu os telefonemas da reportagem para comentar o assunto.

Além disso, a direção nacional do PT se recusou a deliberar uma posição sobre o tema, também por orientação do Planalto para evitar represálias de Cunha.

Em sua última reunião, o Diretório Nacional do PT havia determinado que os três petistas no Conselho de Ética votariam conforme determinação partidária.

No entanto, o presidente do PT, Rui Falcão, não convocou a direção para decidir a orientação.

Segundo o abaixo-assinado, “Cunha tem revelado diuturnamente a falta de qualquer pudor em utilizar sua posição na Câmara em proveito próprio”. “Demandamos que o Conselho de Ética decida pelo prosseguimento da representação ali ajuizada, tendo em vista a contundência das provas até então apresentadas contra o deputado”, diz o texto