Foto: Divulgação / PV PE Por Carlos Augusto, presidente do Partido Verde (PV-PE) Começa nesta segunda em Paris, a 21ª Conferência das Partes do Protocolo de Kyoto (COP-21).

Com a presença de 147 chefes de Estado e Governo do planeta, esse promete ser o maior e mais decisivo encontro para o combate à crise climática e onde será assinado um novo acordo global com o objetivo de reduzir as emissões globais e evitar que a temperatura da Terra não aumente muito mais que 2ºC até o fim do século XXI.

O problema é que com as metas apresentadas pelos países-membros até agora (as chamadas INDC - sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas) a previsão continua sendo do aumento de 2,7°, 3º C ou mais, acima dos níveis pré-industriais.

Esse aumento seria catastrófico para o Planeta, como demonstra a simulação abaixo do que aconteceria com Recife e Rio de Janeiro em 2100.

Está claro que as metas apresentadas até o momento não são capazes de dar conta das consequências da crise climática.

A Global Greens (organização que reúne mais 80 Partidos Verdes pelo mundo) defende uma meta de não mais que 1,5°C e um processo rigoroso e transparente de ajustes anuais nos INDCs.

Outras propostas dos Verdes para a COP-21 são: Avançar no fundo de ajuda aos países mais vulneráveis às mudanças climáticas.

Os verdes defendem o cumprimento da meta dos países mais ricos de dispor US$ 100 Bilhões por ano para conter e mitigar os efeitos da crise climática.

Os verdes defendem a completa descarbonização da economia global até 2050, com a progressiva substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis.

A energia nuclear não pode ser considerada limpa.

Investir financeiramente na proteção das florestas e biomas ameaçados, envolvendo as comunidades locais e as populações tradicionais no processo.

A crise climática é a maior ameaça do momento, mas também uma excelente oportunidade para repensarmos a forma como vivemos, de forma socialmente justa e dentro dos limites ecológicos.

Nós verdes, enxergamos nesse histórico encontro, a chance de dar uma resposta contundente à crise climática, e construir um caminho mais seguro para o planeta.