Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil Estadão Conteúdo - O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o presidente do banco BTG Pactual, André Esteves, preso desde quarta-feira sob suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, segue trabalhando no Rio, aonde chegou na sexta-feira e mantém reuniões neste sábado.
Uma visita ao cliente banqueiro na prisão ficará para domingo. “Devo ir somente amanhã (domingo).
Hoje é dia de visita de familiares”, disse Kakay ao Estado por telefone rapidamente, entre uma reunião e outra no Rio.
Segundo o criminalista, é preferível, para os advogados, evitarem visitas a clientes em dias de maior movimentação nos presídios.
André Esteves ainda não verá a família - as visitas precisam se cadastrar na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, o que leva, pelo menos, 15 dias.
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Portanto, se o Ministério Público Federal (MPF) não pedir prorrogação e o pedido for atendido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o banqueiro será solto sem necessidade de alvará, segundo Kakay.
Até por volta de 13 horas deste sábado, o advogado não havia sido informado sobre qualquer pedido de prorrogação.
Kakay afirmou ainda que não dará entrada com pedido de habeas corpus antes de saber se o MPF pedirá a prorrogação da prisão temporária.
O caso está no STF porque envolveu a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que tem foro privilegiado.
Segundo a Procuradoria Geral da República, Amaral, Esteves, o advogado Edson Ribeiro e Diogo Ferreira, assessor do senador, teriam atuado para impedir ou manipular a delação premiada do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Amaral, Ribeiro e Ferreira foram flagrados em conversa gravada pelo filho do ex-diretor, o ator e produtor teatral Bernardo Cerveró.