Foto: Pedro França/ Agência Senado O comando do PT deverá expulsar o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS).
Segundo integrantes da cúpula do partido, a tendência é pela desfiliação do parlamentar, preso pela Polícia Federal sob acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
A expulsão será debatida em reunião da Executiva Nacional na semana que vem.
Como será convocada às pressas, a data ainda não foi fixada.
Existem dois ritos em análise: o afastamento sumário ou a expulsão apenas após toda a tramitação de um processo no conselho de ética, segundo informa nesta sexta-feira o jornal Folha de São Paulo, em reportagem de Cátia Seabra.
O presidente da sigla, Rui Falcão, deu a senha para o afastamento quando minimizava críticas à nota em que negou solidariedade a Delcídio: ‘‘Não há divisão.
Expressei minha opinião.
Essa opinião será debatida com maior profundidade, inclusive com consequências práticas’’.
Presidente do PT de São Paulo, o ex-prefeito Emídio de Souza defendeu publicamente a expulsão. ‘‘Se não, a opinião pública nos confunde com atos delituosos’’, alegou.
A medida é defendida pela segunda maior força do PT, a Mensagem.
O secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, prega o afastamento sumário de Delcídio.
Além de Emídio, a ideia tem adeptos na maior força do PT (CNB).
Mas enfrentará a resistência do líder da sigla no Senado, Humberto Costa (PE).
Com direito a assento na executiva, ele criticou nesta quinta-feira (26) a decisão de Falcão de divulgar nota dura contra Delcídio.