Questionado pela Polícia Federal, Luís Cláudio não explicou como estipulou o preço de seus serviços.

Foto: Guga Matos/ JC Imagem Estadão Conteúdo - O advogado Edson Ribeiro foi preso às 8h10 desta sexta-feira, 27, ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, vindo Miami, nos EUA.

O criminalista é defensor do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Edson Ribeiro viajou sem escolta policial, uma vez que foi localizado e não preso na cidade americana.

A Polícia Federal monitorou a compra da passagem.

Um acordo da PF com a agência americana de imigração (ICE) permitiu o embarque para que a prisão ocorresse no Brasil.

Edson Ribeiro viajou sozinho para o Rio e à princípio ficará preso na capital fluminense.

Na quinta-feira, 26, o nome do advogado havia sido incluído na lista vermelha da Interpol - a Polícia Internacional.

A ordem de prisão contra o criminalista foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Edson Ribeiro é suspeito de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Em uma conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, em 4 de novembro, o senador Delcídio do Amaral (PT/MS) disse que intercederia no Supremo Tribunal Federal (STF) para ajudar o ex-diretor da Petrobras a conseguir um habeas corpus.

No diálogo, Delcídio, seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, e Edson Ribeiro chegam a planejar uma rota de fuga para Nestor Cerveró deixar o Brasil após conseguir a liberação do Supremo.

A intenção, segundo a conversa, era levar o ex-diretor para a Espanha.

O senador, preso na quarta-feira, 25, prometeu à família de Cerveró ajuda de R$ 50 mil mensais.

O pagamento seria feito por meio de pagamentos simulados de honorários pelo BTG Pactual, do banqueiro André Esteves - também detido na quarta-feira -, ao advogado Edson Ribeiro.