Foto: Pedro França/ Agência Senado Estadão Conteúdo - Em sessão extraordinária da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta quarta-feira (25), que discute a prisão do senador Delcídio Amaral e do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, o ministro Teori Zavascki relatou que houve uma promessa de pagamento de R$ 4 milhões para evitar que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, firmasse acordo de delação premiada.

Humberto Costa diz que governo não tem nenhum envolvimento com prisão de Delcídio O senador chegou a oferecer, segundo o relator, auxílio financeiro em R$ 50 mil mensais à família de Cerveró, além de intercessão política em favor de liberdade junto aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ajuda em fuga para a Espanha.

LEIA MAIS: » Além de Delcídio Amaral, PF prende o banqueiro André Esteves, presidente do BTG » Delcídio do Amaral, senador do PT, é preso pela Polícia Federal » Delcídio ofereceu rota de fuga para Cerveró para Espanha De acordo com as investigações da Procuradoria-Geral da República, seriam pagas vantagens indevidas à família do ex-diretor da Petrobras através de pagamentos simulados de honorários pelo BTG Pactual ao advogado Edson Ribeiro.

Os valores, que segundo promessa do senador chegariam ao montante de R$ 4 milhões, seriam repassados pelo advogado à família de Cerveró aos poucos. » Pela Constituição, Senado terá de decidir sobre a prisão de Delcídio Amaral » Codinome de Cerveró em planilha de propina era ‘lindinho’, diz delator » Teori Zavascki nega liminar para revogar prisão de Cerveró As tentativas de Delcídio em dissuadir o ex-diretor para não delatá-lo foram gravadas por Bernardo Cerveró, filho do delator, em duas reuniões ocorridas em setembro, no Rio de Janeiro, e a última na semana passada, em um hotel de luxo em Brasília.

O banqueiro André Esteves, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o chefe de gabinete de Delcídio no Senado, Diogo Ferreira, também participavam das tratativas. » Polícia Federal prende empresário e pecuarista amigo de Lula » ‘Bumlai não era tão amigo assim’, afirma presidente do Instituto Lula Segundo relato de Zavascki, em um dos depoimentos de delação premiada, Cerveró descreveu a prática de corrupção ativa por André Esteves em pagamentos ao senador Fernando Collor (PTB-AL) em contrato de embandeiramento de 120 postos de combustíveis em São Paulo.

Além de atos de corrupção por Delcídio envolvendo a compra da refinaria de Pasadena.