Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado O Plenário do Senado decidiu nesta quarta-feira (25) o atender o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) de prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS).
Delcídio foi detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília na manhã desta quarta sob a acusação de ter agido para obstruir a ação da Justiça relacionada com a operação Lava Jato.
Com a decisão, a maioria dos senadores manifesta o entendimento de que a prisão de Delcídio foi legalmente correta.
O debate se devia ao fato da Constituição impedir, à exceção de flagrante, a prisão de parlamentar no exercício do mandato.
O STF entendeu que Delcídio estava cometendo um crime em flagrante ao obstruir investigações em andamento sobre organização criminosa.
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O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), foi a única liderança a encaminhar pelo voto secreto. » Veja como votou cada senador sobre prisão de Delcídio Amaral » Escute o áudio que embasou a prisão do senador Delcídio do Amaral Minutos antes de o Senado decidir pelo voto aberto em sessão sobre a prisão de Delcídio Amaral (PT-MS), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, concedeu liminar em mandado de segurança impedindo a Casa de manter os votos dos senadores em segredo.
Segundo alguns parlamentares, o resultado abre precedente, por exemplo, para a prisão de outros citados nas investigações da Operação Lava Jato - como o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O Planalto deve anunciar a escolha de novo líder no Senado na próxima semana.
Além de Delcídio Amaral, a PF também prendeu o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do líder do governo no Senado.
As prisões são resultado de uma operação deflagrada pela PF e foram autorizadas pelo Supremo.
Não se trata de uma fase da Lava Jato tocada em Curitiba, na 1ª instância.