Agência O Globo - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a 21ª fase da Operação Lava-Jato denominada “Passe Livre”.
Na ação, foi preso preventivamente o pecuarista José Carlos Bumlai, no Hotel Golden Tulip, em Brasília.
Amigo de Lula intermediou encontro com Palocci, diz lobista Ele iria depor hoje na CPI do BNDES, que investiga operações envolvendo o banco, por isso viajou ao Distrito Federal.
Amigo do ex-presidente Lula, o empresário é acusado de envolvimento em fraude no contrato para a operação do navio-sonda Vitória 10.000.
São cumpridos ainda 25 mandados de busca e apreensão e seis mandados de condução coercitiva, em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Ao todo, 140 policiais federais e 23 auditores fiscais participam da ação.
LEIA MAIS: » Delatores afirmam que amigo de Lula acertou propina » CPI do BNDES aprova convocação de pecuarista amigo de Lula De acordo com a Polícia Federal, a fase foi deflagrada a partir de investigações das circunstâncias de contratação de navio-sonda pela Petrobras, com “concretos indícios” de fraude em licitação.
A prisão de Bumlai foi decretada pelo juiz Sérgio Moro.
O pecuarista foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e nas próximas horas será encaminhado para Curitiba.
O pecuarista passou a ser alvo da Lava-Jato a partir de delação premiada feita pelo lobista Fernando Baiano.
Em depoimento, ele disse que deu R$ 2 milhões a Bumlai, que teria lhe falado que o dinheiro era para pagar um imóvel de uma nora de Lula.
O pecuarista também é acusado de conseguir o perdão de um empréstimo de R$ 12 milhões, usados para quitar uma dívida do PT.