O deputado Silvio Costa Filho cobra do Estado uma resposta de quanto vai economizar.
Foto: Roberto Soares As prioridades e investimentos do Governo do Estado previstos no Orçamento de 2016 foram questionados pelo líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PTB), na Reunião Plenária desta segunda (23).
O deputado pediu explicações sobre a execução do ajuste fiscal anunciado no início do ano, e questionou a capacidade do Executivo em investir R$ 2,5 bilhões no próximo ano, conforme previsto no Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que tramita na Assembleia. “O Governo apresentou um choque de gestão que representaria cerca de R$ 940 milhões de economia nos gastos, mas a informação que temos é que esses cortes não chegaram a metade disso. É impossível que o Estado economize R$ 450 milhões nos dois meses que restam do ano”, avaliou o petebista. “Precisamos que o Executivo diga quanto vai ser reduzido em 2015, quanto deixará em restos a pagar, e o que realmente vai investir em 2016”, questionou. “Na visita ao Sertão do Moxotó, detectamos oito obras inacabadas e, em todo o Estado, há quase 200 obras paralisadas.
No lugar de anunciar novas ações, o Governo deveria entregar o que prometeu”, considerou Costa Filho.
Em aparte, Júlio Cavalcanti (PTB) se juntou ao líder de bancada: “Nesse momento em que o governador anuncia novas ações, obras importantes, como a estrada do Vale do Catimbau, em Buíque, seguem paradas”.
Na tribuna, Costa Filho também pediu atenção da Comissão de Finanças para o pacote de 21 emendas apresentadas pela Oposição ao Orçamento do Estado.
Tais emendas relocam para a área da Saúde cerca de R$ 50 milhões que estão previstos, na LOA, para gastos com propaganda, consultorias, terceirizações e outras despesas.
Em aparte, o deputado Augusto César (PTB) ressaltou a importância da transferência de verbas para o setor, lembrando que o Hospital Regional de Arcoverde já foi referência de bom atendimento e, hoje, é motivo de preocupação para a população local.
Resposta do Governo De acordo com o deputado Tony Gel, o Estado sofre consequências do cenário nacional.
Foto: divulgação O segundo vice-líder do Governo, Tony Gel (PMDB), comentou que a Oposição “faz esforço para desestabilizar uma administração que tem conduzindo o Estado com relativa tranquilidade”.
O parlamentar pontuou que vivemos num sistema federativo, e que, portanto, sofremos consequências do cenário nacional. “A Oposição precisa ter uma visão global sobre a economia do Brasil em suas críticas”, ressaltou.
No caso da Saúde, Tony Gel ressaltou o corte de mais de R$ 12 bilhões no Orçamento da União só para essa área. “Não dá para culpar apenas os estados, pois a gestão do setor envolve União, estados e municípios”, considerou.