O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT), cobrou mais investimentos federais para concluir a obra da Adutora do Agreste, em Pernambuco.
De acordo com ele, o empreendimento, inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é fundamental para combater a seca na região e tem recebido menos recursos do que o programado pelo Governo Federal.
A cobrança veio após a participação do senador em uma caminhada no último domingo (22) com centenas de pessoas no município de Iati e percorreram a pé cerca de 100 quilômetros até chegar à cidade de Tupanatinga. “As etapas I e II do projeto são orçadas em cerca de R$ 1,2 bilhão.
Mas, segundo os dados mais recentes, executamos apenas algo em torno de R$ 450 milhões”, declarou.
Humberto explicou que o restante da quantia está previsto para ser pago em parcelas de R$ 10 milhões mensais, mas que os desembolsos feitos nos últimos meses não alcançaram esse valor.
De acordo com o parlamentar, os mais recentes ficaram em aproximadamente R$ 6 milhões.
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Paulo cobra recursos para Adutora do Agreste > Mesmo com novo investimento de R$ 150 milhões, obras da Adutora do Agreste são criticadas pela deputada Raquel Lyra > Compesa critica lentidão em repasses federais para adutora “Em um ritmo assim, uma obra dessa relevância prevista para estar concluída em 2018 só vai ficar pronta em 2021 ou 2022. É muito tempo para quem está precisando de uma solução para ontem”, afirmou.
Humberto avalia que o Governo Federal, mesmo enfrentando dificuldades orçamentárias, deve priorizar a conclusão da obra, pois a adutora vai beneficiar diretamente 32 municípios da região do Agreste do Estado, “muitos dos quais têm áreas que não veem uma gota de chuva há mais de cinco anos”. “Eu me comprometi com as lideranças sociais e políticas da região a buscarmos uma solução aqui em Brasília, que envolva também o Governo de Pernambuco, para que, em conjunto, consigamos sair desse impasse”, declarou.
Ele já solicitou uma audiência com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, para discutir o assunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) e os prefeitos de Águas Belas, Canhotinho, Iati e Tupanatinga. “A região tem o pior balanço hídrico do Estado, que é a relação da oferta natural de água e da demanda habitacional.
A falta de chuvas combinada com a não conclusão de obras estruturantes leva a um quadro em que crise hídrica só se agrava, com municípios entrando sequencialmente em colapso”, alertou.