Estadão Conteúdo - Horas após a Polícia Federal deflagrar a 21ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Passe Livre, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, tentou minimizar a proximidade entre o pecuarista José Carlos Bumlai, preso pela PF, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O Bumlai frequentava as festas e aniversários, mas não era ‘aquele’ amigo do Lula que todo mundo está falando”, disse Okamoto.

O presidente do Instituto Lula é um dos colaboradores mais próximos do ex-presidente há mais de 30 anos e disse ser difícil acreditar que Bumlai tivesse passe livre no Palácio do Planalto durante o governo do petista.

LEIA TAMBÉM: > Em nota, BNDES explica chegada da PF para investigar contrato com amigo de Lula > Não há nenhuma prova contra o ex-presidente Lula, afirma Sérgio Moro > Polícia Federal prende empresário e pecuarista amigo de Lula em Brasília “Isso foi amplamente divulgado pela imprensa mas acho difícil de acreditar.

Eu sou mais amigo do Lula do que o Bumlai e precisava me identificar toda vez que ia ao Palácio.

Essa história não é crível”, afirmou Okamotto.

Segundo ele, o Instituto ainda não tem uma avaliação sobre a nova fase da Lava Jato e está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos pela imprensa.

Indagado se Lula é o alvo da PF, ele respondeu: “acho que não.

O que a PF está fazendo é investigar. É natural.

Cada um sabe o que fez mas a gente não sabe o que as outras pessoas fazem”.

Okamotto foi evasivo ao comentar se Bumlai estaria usando indevidamente o nome do ex-presidente paras fazer negócios. “Quem usa o quê?

O jornalista usa a fonte.

A polícia usa a testemunha.

A pessoa que quer abrir portas usa o nome de uma pessoa importante”, disse o presidente do Instituto Lula.