Foto: Divulgação Estadão Conteúdo - O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira (PT-SP), disse na tarde desta segunda-feira, 23, que não haverá pressão do Palácio do Planalto para proteger o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo em curso no Conselho de Ética. “O governo não vai orientar (deputados) pelo partido”, declarou o petista.

Teixeira reforçou que os três petistas titulares do colegiado estarão presentes na sessão desta terça-feira, 24, marcada para a apresentação do relatório prévio do deputado Fausto Pinato (PRB-SP).

O vice-líder se mostrou favorável à aprovação da admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar e defendeu que as instâncias da Câmara funcionem sem cerceamento. “Caso as provas sejam contundentes, vamos votar pela cassação”, afirmou.

Negando pacto para preservar Cunha, Teixeira disse que o PT agirá com independência no Conselho de Ética. “O Palácio vai ficar distante desse debate.

A postura do governo é de não se envolver”, reforçou.

LEIA TAMBÉM: > Ministro de Dilma diz que governo não interfere em decisões do PT sobre Cunha > FHC pede renúncia de Eduardo Cunha > Eduardo Cunha já prepara recurso para tentar barrar a própria cassação Ele disse ser contrário à judicialização do caso, como propõem alguns partidos de oposição. “O Parlamento vai resolver a questão.

Sou pela solução Congresso Nacional”, afirmou.

Na semana passada, o PPS anunciou que entrará com um mandado de segurança no Supremo para afastar Cunha da presidência da Casa.

O deputado disse que o posicionamento sobre o processo contra Cunha ainda será construído na bancada e no partido.

Segundo ele, a principal preocupação é com a garantia do funcionamento da Câmara.

Em sua avaliação, a oposição quer radicalizar ao propor a obstrução das sessões e jogar para os aliados do governo a responsabilidade sobre o caso do peemedebista.