A proibição de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol do Estado ocorreu antes da Copa de 2014 Por Ayrton Maciel do Jornal do Commercio Informação que surpreendeu a Assembleia Legislativa ao final da tarde desta terça-feira (17), levou à mobilização imediata da bancada de oito de deputados evangélicos para tentar impedir, nesta quarta-feira, uma eventual votação do projeto de lei que libera a venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios e praças esportivas de Pernambuco.
A informação foi passada à bancada pelo próprio autor do projeto, Antônio Moraes (PSDB), segundo divulgou à noite o deputado e pastor Adalto Santos (PSB).
Procurados, nem Moraes nem sua assessoria retornaram as ligações. “Fui comunicado pelo Antônio Moraes.
Votarei novamente contra e estamos mobilizando a bancada para derrotar a proposta caso esteja na ordem do dia (de votação).
O projeto está colocado sem alarde na ordem do dia.
Permite o retorno das bebidas nos estádios.
Isso só beneficia as indústrias de cerveja.
Na situação de violência que vivemos atualmente, a liberação de bebidas só vai aumentar os índices de criminalidade”, assinalou Santos.
O tucano Antônio Moraes (PSDB) deu entrada ao projeto de lei em 18 de novembro do ano passado, alegando que que ajudaria na viabilização econômica dos clubes.
No dia 12 de maio deste ano, porém, surpreendeu a Casa ao anunciar a retirada da proposta da pauta Comissão de Constituição e Justiça (CCLJ)e o seu arquivamento.
Na ocasião, o deputado revelou que tomava a decisão devido ao “desinteresse” dos três grandes clubes da Capital - Sport, Santa Cruz e Náutico - e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) em prosseguir com a proposta, na medida em que não pressionavam os deputados a aprová-la.
O projeto atendia, segundo ele, reivindicação dos clubes e da FPF.
A proibição de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol do Estado ocorreu antes da Copa de 2014.
A medida pretendia reduzir os crescentes conflitos entre torcidas organizadas.
Para atender à Fifa, que tinha empresas de bebidas entre os patrocinadores, lei aprovada pela Alepe permitiu a comercialização e consumo exclusivamente na Arena Pernambuco.