Foto: Lula Marques/Agência PT Estadão Conteúdo - O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), confirmou para esta semana a sessão de apresentação do parecer prévio recomendando a admissibilidade do processo por quebra de decoro contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Araújo depende apenas do agendamento de plenário na Casa para fazer a reunião do colegiado entre amanhã, 18, e quinta-feira, 19.
O deputado, que vem estudando o regimento para “não cometer gafes”, disse que na fase de admissibilidade não cabe apresentação de defesa.
Araújo lembrou que o relator Fausto Pinato (PRB-SP) tinha até 10 dias para apresentar um parecer prévio e teceu elogios ao trabalho do parlamentar de primeiro mandato. “Não tenho reparos ao relator.
Ele tem sido corretíssimo.
O que ele quer é o que todos queremos: agilizar o processo”, declarou.
LEIA TAMBÉM: > Relator recomenda que Conselho de Ética continue investigando Eduardo Cunha > Metade do Conselho de Ética vota contra Eduardo Cunha em repatriação > Sibá: não pode haver pressão sobre petistas do Conselho de Ética no caso Cunha A defesa de Cunha reclamou nesta segunda-feira, 16, de suposto “açodamento” no processo e disse que a antecipação do parecer “fere o direito de defesa do parlamentar”.
Nesta terça-feira, 17, Araújo disse que a alegação é infundada e que, se está havendo precipitação, não é da parte do relator. “A opinião é de cada um.
Eu bato palmas para o relator.
Fez o que devia fazer.
Não estamos preocupados com o que pensa o representado (Cunha).
Temos que seguir o regimento da Casa.
Temos que seguir o que é correto e a lei”, disse Araújo.
Vaias Na saída do congresso do PMDB, que ocorre hoje, em Brasília, Eduardo Cunha evitou falar com a imprensa.
Mas ao tentar acessar a sala VIP, o presidente da Câmara viu-se obrigado a responder a algumas perguntas.
Ele minimizou as vaias durante o seu discurso: “Não houve vaias”, disse.
Após diversas tentativas dos seguranças para abrir espaço e buscar um caminho alternativo, Cunha finalmente conseguiu entrar na sala em que estava o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer.
Entre as diversas perguntas feitas pelos jornalistas, Cunha respondeu apenas sobre a questão dos vetos presidenciais, que devem ser apreciados em sessão conjunta do Congresso nesta noite “Por mim, não há problemas”, afirmou.