O prefeito Geraldo Julio não chegou a admitir frustração publicamente, mas não deixou de reclamar do governo Federal por não liberar o empréstimos internacionais para a realização de mais obras no Recife. “O governo Federal tinha que ter mais sensibilidade em liberar (os empréstimos).
Temos uma dívida de só 10%, o que nos dá a melhor capacidade de endividamento possível”, declarou, ressaltando ainda que este seria o tipo de ação governamental que geraria empregos e impostos a favor do Brasil. “Não aumento da taxas de juros elevadas”.
Na palestra que fez para empresários do LIDE Pernambuco, na noite desta segunda-feira, Geraldo Julio revelou que precisa de R$ 100 milhões para custear todas as obras que planeja entregar, até o final de sua gestão, mesmo com o aperto nos impostos e com os efeitos da crise nacional. “Como a crise abala o Recife?
Nós decidimos não vestir o pessimismo.
Nós não podíamos nos acomodar.
No ano passado, fizemos uma conta e vimos que precisávamos de R$ 3,5 bilhões para cumprir os compromissos com a cidade, mas só dispúnhamos de R$ 2,6 bilhões.
A dificuldade é o desafio e a gente precisava de R$ 800 milhões.
Com as medidas de austeridade e receitas extras, como venda da conta bancária e mutirões fiscais, já conseguimos R$ 700 milhões.
Temos que buscar até o final do ano R$ 100 milhões”, revelou.
Enquanto a maioria dos prefeitos veio ao Recife e disse com todas as letras que não teriam condições de pagar o 13º salário, p prefeito Geraldo Julio fez questão de destacar que, mesmo na crise, a gestão municipal não iria sofrer. “Tem gente ai que não vai pagar nem 10 folhas (de pessoal).
Nós pagamos novenbro (mês 11), vamos pagar o 13º salário e vamos pagar dezembro (12)”, prometeu.